ProXXIma e Carlênio Castelo Branco
3 de junho de 2019 - 8h15
Por Carlênio Castelo Branco (*)
Não há como negar, o mundo mudou e a tecnologia se tornou determinante para a sustentabilidade econômica da maioria – senão todos – os segmentos de negócios. Vivemos a era da transformação digital, com soluções, aplicações e automação além de tudo o que já presenciamos. Especialmente porque a velocidade da evolução tecnológica atingiu um patamar que até então muitos de nós julgávamos impossível.
A competitividade das empresas, sejam elas corporações globais ou PMEs, está cada vez mais baseada no controle que passam a conquistar em seus processos graças a automação e a soluções que vão desde a linha de produção até o contato com o cliente. Investir em tecnologia não é, há tempos, um privilégio ou uma regalia para poucos, mas sim uma necessidade de todos.
Basta um olhar mais atento ao cenário econômico mundial para percebermos a importância de estarmos alinhados às novas tendências de Tecnologia da Informação e Comunicação. A consultoria IDC, por exemplo, em uma pesquisa com empresas do mundo todo, identificou que 89% dos entrevistados estão adotando algum modelo de digital-first. Além disso, 59% das organizações já apostam em dispositivos móveis.
Estes são dois exemplos claros de questões que já são realidade dentro da chamada transformação digital. A mobilidade, o uso de inteligência artificial, internet das coisas e dispositivos que se conectam com sistemas de gestão estão garantindo não só controle de dados, mas também um novo panorama de produção, tomada de decisão e análise dos negócios.
Vivemos a era da conectividade e precisamos entender que é preciso evoluir junto com nossos clientes. Áreas que há pouco tempo ainda eram analógicas agora ganham força com processos digitalizados. Um exemplo é o setor de logística. Na Black Friday de 2018, por exemplo, processamos mais de 6 milhões de pedidos – cerca de 48% de todos os realizados nos e-commerces do país – em nossas soluções para o segmento. Esse dado considerável mostra que a agilidade na entrega, a organização dos processos e a garantia de um negócio sustentável dependem da tecnologia aplicada.
O RH é outra área que passa por uma profunda transformação. Cada vez mais estratégico, tem visto conceitos como o de People Analytics, que mensura questões como produtividade e satisfação no ambiente de trabalho, ganham força com soluções de automação de dados. Tarefas antes comuns entre os profissionais passam a ser realizados por assistentes virtuais, enquanto as equipes focam em alternativas e estratégias que garantem a contratação e manutenção de talentos.
Em contrapartida, ainda presenciamos muita s empresas relutantes no investimento tecnológico. Um recente estudo da Dell revelou que 40% das companhias brasileiras ainda atuam de modo reativo, sem buscar soluções que possam colocá-las no mesmo patamar que concorrentes cada vez mais fortes e tecnológicos. Não priorizam estratégias de transformação digital nem tem planos para o futuro dos negócios. Um cenário preocupante, onde quem não aposta na inovação fica, cada vez mais, de fora da fatia de mercado que antes lhe pertencia.
Não estar atento a este movimento de constante evolução é tornar-se vulnerável diante de tantos negócios inovadores. Investir é necessário, a transformação digital é realidade e fechar os olhos para este novo universo pode ser um erro fatal.
(*) Carlênio Castelo Branco é CEO da Senior