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10 de junho de 2019 - 7h37
Por Thiago Martins Diogo (*)
A educação de qualidade, quarto objetivo do desenvolvimento sustentável da ONU, é um canal importante para a disseminação e geração de conhecimento, bem como fundamental para o desenvolvimento e crescimento econômico mundial. Por sua vez a inovação, aliada à educação, eleva a competitividade entre as organizações e cria novos mercados.
O fluxo intenso de informação e a velocidade com que é compartilhada têm sido ampliados em função das novas tecnologias desenvolvidas ao longo das últimas décadas. A evolução constante dos canais e meios de propagação de conhecimento têm favorecido o atingimento de um número maior de pessoas, principalmente aquelas que desejam se tornar agentes de transformação no ambiente em que estão inseridas.
Com a evolução constante da economia mundial, exige-se cada vez mais que as organizações tenham a capacidade de desenvolver processos e metodologias que as permitam inovar. Para tanto, a produção e difusão do conhecimento passa a ser uma estratégia propulsora para a inovação dentro e fora das organizações. Em virtude da movimentação mundial em torno das organizações exponenciais, uma questão emergente é: o que fazer para se tornar uma organização que aprende e inova?
Comece pelas pessoas! Com o conhecimento como componente principal, é extremamente importante que a condução disso seja feita com a mão na massa, com pessoas, para outras pessoas. Neste cenário, o cooperativismo é uma forma de potencializar a colaboração e a cooperação entre as pessoas e as organizações sendo uma oportunidade de ampliar o fluxo de compartilhamento de informação e geração de conhecimento novo, favorecendo à inovação.
As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
Fomentar uma cultura de inovação nas cooperativas, além de desenvolver o ambiente cooperativista, provocar mudança de mindset em seus colaboradores, gerar inquietação sobre o futuro e movimentar a economia, expande a oportunidade de incentivo ao lifelong learning (aprendizagem ao longo da vida), o que permite que as pessoas constantemente estejam num processo de inovação e transformação, ultrapassando fronteiras e barreiras antes desconhecidas, e permitindo que o investimento em capital intelectual por meio de treinamento e capacitação de pessoas, crie o cenário ideal para a promoção de novas ideias e de soluções inovadoras.
Desta forma, perceber o ambiente em que se está inserido, e utilizar as informações como base para esta percepção e para o desenvolvimento de mais conhecimento, promove a criação de metodologias para inovação, utilizando qualquer ferramenta como parte do processo e não ela por si só.
*Thiago Martins Diogo é especialista em Gestão Estratégia da Inovação e coordena o Programa de Inovação para o Cooperativismo desenvolvido pelo ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br).