ProXXIma
21 de fevereiro de 2018 - 7h13
Por Alexandra Mendonça (*)
À medida que novas tendências estão mudando o ambiente de comércio eletrônico, ampliar os serviços para uma experiência de compras on-line personalizada é necessário. Como a mídia e o e-commerce se combinam para proporcionar uma experiência mais eficaz, atraente e emocionante ao consumidor é o principal ponto. Para iniciar a discussão, precisamos começar a pensar em maneiras de criar mais valor para o “momento X”: a experiência do comprador. Como é possível criar engajamento de marca hoje? Sabemos que os consumidores geralmente buscam produtos que significam algo para suas vidas e boas ofertas, então por que não envolver o público emocionalmente juntando ambos os elementos? Os resultados podem ser amplamente intensificados quando você mistura o perfil do cliente com os dados pessoais disponíveis que apenas uma plataforma de comércio eletrônico oferece.
A importância do Big Data
Neste contexto, o Big Data está ficando tão grande que a maneira como usamos números e informações do público é agora o grande desafio para a nossa indústria. Enxergo que um bom caminho é o de apostar na criação de páginas de destino que estejam focadas em conteúdo e não especificamente em produtos, visando sobretudo uma nova experiência ao consumidor. Hoje, por meio de uma inteligência segmentada é possível trazer o mundo físico para o mundo virtual com uma ação de sampling.
Por exemplo, ao definir um grupo de pessoas que compram determinado produto durante um período específico para enviar, na sequência, amostras de itens complementares ao primeiro, enriquecendo a experiência do consumidor com uma fusão de todos esses conceitos: conteúdo interessante e relevante; engajamento do público; experiência positiva de marca; e uma ação de amostras com o contexto certo. Para as marcas, o desafio e as perguntas são “Por que não se preocupar com engajamento, e sobretudo branding, no momento da tomada de decisão de compra? Como trabalhar e analisar a taxa de conversão do funil pensando que todas as suas etapas hoje não são mais lineares?”.
Já no último ano, com o crescimento de 12% do e-commerce divulgado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), refletir e exercitar essas questões é essencial. O mais interessante é ver diferentes indústrias acompanhando esta grande data: desde as mais acostumadas a vender on-line, como Acer e Dell, até outras que cada vez mais querem se reinventar no universo do varejo eletrônico, como Diageo e J&J. No caso do Mercado Livre, conseguimos desenhar cotas e oportunidades em espaços diferenciados durante a última Black Friday, grande data do e-commerce mundial, com a criação de uma landing hub com as melhores ofertas, divididas por categorias de produtos, e abertura de cotas de patrocínio para marcas se destacarem em seus segmentos de atuação, com a possibilidade de criação de conteúdos que fariam a diferença na hora da compra, amplificando a experiência do usuário. A estratégia reflete a atuação da empresa que, além de um dos maiores sites de e-commerce, se transformou em uma das principais plataformas de mídia publicitária para o mercado anunciante brasileiro, pioneira ao usar todas as ferramentas do Google na criação de campanhas com clusters personalizados de acordo com comportamento, perfil e lifestyle, inclusive na venda programática.
Esses são alguns dos caminhos para que as marcas se destaquem. Construir experiências relevantes também durante a compra on-line virou obrigação para todos que buscam atingir importantes resultados no e-commerce brasileiro, e perceber as indústrias e mais diversos segmentos buscando isso de forma cada vez mais completa abre portas para grandes cases que vão revolucionar a compra de mídia em 2018.
(*) Alexandra Mendonça é Head do Mercado Livre Publicidade