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Jogos digitais: a brincadeira que se tornou séria
Altamente envolventes, os jogos digitais podem ser extremamente lucrativos
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20 de janeiro de 2017 - 16h40
Por Victor Azevedo*
Os jogos digitais se tornaram uma forma de arte, entretenimento e cultura, no qual indivíduos podem expressar o momento de uma sociedade ou simplesmente criar novas vidas e aventuras. Além de tudo, o jogador que mergulha na experiência proposta – momento chamado de flow – pode desenvolver agilidade no raciocínio e aumentar os reflexos.
Por conta desses ganhos, certas empresas e instituições de ensino tem usado os conceitos de jogos para fazer com que seus colaboradores e alunos aprendam processos corriqueiros ou até mesmo conteúdos de competências de forma lúdica e divertida.
Neste momento, você pode estar pensando:
“Pronto, agora sempre que eu estiver jogando vou dizer para os outros que estou consumindo cultura e desenvolvendo tanto meu raciocínio quanto meus reflexos”
Pois bem, se você pensou nisso, acredite, você está certo.
Como está o mercado?
Semelhante ao seu irmão mais velho, o cinema, os jogos digitais movem gigantescas quantias de dinheiro. Em 2015, no Brasil foram, aproximadamente, R$ 1 bilhão movimentados no setor, fazendo o país ficar na 11ª posição no ranking de maiores consumidores de jogos digitais do mundo.
Outro dado importante e revelador, de acordo com a Game Brasil, grande parte do público possui entre 16 e 54 anos e um pouco mais da metade desse mesmo público é composto por mulheres. Lembre-se, jogo é para todos!
Se você acha que quem trabalha fica jogando o tempo inteiro, você está completamente certo.
Quem trabalha com isso?
Trabalhar com jogos não é para qualquer um. Certa vez, um amigo disse que trabalhar com jogos foi uma das decisões profissionais mais complexas da vida dele, por conta da quantidade de conceitos que ele precisou aprender. Concordo plenamente com ele.
Se você acha que quem trabalha fica jogando o tempo inteiro, você está completamente certo. Brincadeira! Joga sim para testar o projeto. Além disso, o profissional dessa área é um criador de histórias, mundos e personagens e não somente um jogador. Semelhante ao cinema, como dito acima, mas com uma grande diferença: a história só evolui se o jogador quiser.
Hoje, o mercado de jogos demanda roteiristas, game designers, produtores de som, cinegrafistas, fotógrafos, diretores de arte, animadores, programadores,…. Ufa! Uma equipe completamente multidisciplinar que algumas vezes pode ser gigantesca por conta da complexidade do projeto ou em outras vezes pode ser uma “euquipe” para projetos menores.
O mercado de jogos vai além dos profissionais que trabalham diretamente na indústria.
Mas não para por aí! O mercado de jogos vai além dos profissionais que trabalham diretamente na indústria, existem também aqueles que ganham a vida jogando, produzindo conteúdo, vendendo itens vinculados aos jogos, profissionais de marketing e/ou publicitários. Enfim, esse mercado é gigante, mas esse é um bate-papo para outro momento.
E agora, vamos jogar?
Bom, depois de tudo isso relatado acima provavelmente sua experiência ao jogar GTA em algum console ou Candy Crush e Farm Heroes no smartphone e outros jogos de qualquer plataforma será um pouco diferente.
Caro leitor, caso não goste de jogos digitais dê uma oportunidade para eles. Não os encare como um brinquedo de criança, encare como uma porta para grandes aventuras. Já você jogador nato, viciado, e todos os outros adjetivos similares que podem defini-lo, não somente viva a experiência de jogar, procure também entender o que o criador ou os criadores quiseram expressar no jogo.
(*) Victor Azevedo é sócio da Codezone, co-fundador do Grupo Epic, coordenador da graduação de jogos digitais e de MBAs na área digital da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e professor da graduação e pós-graduação do Ibmec
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