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Loja física vai morrer?

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Loja física vai morrer?

Avançando há pelo menos dois anos no mercado brasileiro, os marketplaces também se consolidam como uma vitrine eficaz para o varejo. É cada vez mais comum empresas de pequeno porte se posicionarem oferecendo seus produtos nos chamados “shoppings virtuais”.

e Robinson Idalgo
26 de outubro de 2018 - 7h46

 Por Robinson Idalgo (*)

Uma tendência no setor varejista fez até mesmo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) rever suas projeções para a quantidade de lojas que serão abertas no Brasil. Se no começo desse ano a entidade calculou o surgimento de 20,7 mil pontos de venda em 2018. Agora, se espera que o ano feche com apenas 5,2 mil novos estabelecimentos. Números que sugerem que é preciso apertar os cintos para atravessar a instabilidade econômica e o clima de incerteza no País.

Há uma série de indícios, além do apresentado pela Confederação, que apontam as dificuldades que um empresário pode ter ao tentar abrir uma loja física, seja qual for o porte. Um deles é o fato de os compradores estarem cada vez mais conectados a opções de e-commerce, algo que existe há pelo menos 20 anos no Brasil, mas que tem avançado em várias direções a cada ano. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) divulgada em agosto mostrou, por exemplo, que 75% dos jovens entre 16 e 22 anos entrevistados fizeram compras em lojas virtuais ou sites de revenda, como o Mercado Livre.

As lojas físicas, assim, que, dependendo da estrutura da empresa, são sinônimos de gastos que se equilibram na corda bamba da crise, perdem cada vez mais espaço. E esse é um fato, infelizmente, dentro do mercado empresarial brasileiro. De acordo com dados do IBGE de 2017, das 733,6 mil empresas abertas em 2010, apenas 37,8% sobreviveram até 2015.

Tanto os varejistas quanto as grandes corporações já perceberam que o momento agora é de mudar e rever a modalidade de negócio. Afinal, atraindo clientes ou não, com retração de vendas ou não, é preciso manter o negócio funcionando.

Daí vem a tendência de migração para o e-commerce. As marcas precisam estar onde o público está, ou seja, no mundo real e no virtual. O consumidor espera que seu desejo seja realizado a um clique e, frente aos problemas que o varejo enfrenta, como desvalorização do real, desaceleração do mercado interno e dúvidas sobre o futuro econômico do País, nada mais urgente do que atendê-lo.

Avançando há pelo menos dois anos no mercado brasileiro, os marketplaces também se consolidam como uma vitrine eficaz para o varejo. É cada vez mais comum empresas de pequeno porte se posicionarem oferecendo seus produtos nos chamados “shoppings virtuais”. O vendedor está no mesmo ambiente que o comprador e pode, então, abordá-lo de maneira mais eficiente e gastando menos do que se a compra estivesse sendo feita em uma loja física. Melhor: pode monitorar o que ele coloca no carrinho, qual foi seu caminho até chegar à loja, o que procurou dentro do site.

A internet também se torna uma aliada na gestão dos negócios. Sistemas que integram informações de estoque, controle de vendas, emissão de notas fiscais contribuem fortemente para que a loja virtual (e também a física) atue com toda a sua capacidade, focando no atendimento de qualidade, enquanto tudo está na ponta do lápis – ou seja, em painéis de controle e gestão do negócio – “do outro lado do balcão”. Hoje existem muitos sistemas de gestão que podem fazer tudo isso em conjunto: controlar a empresa e, ao mesmo tempo, inserir o negócio no mercado digital.

As estratégias de venda precisam ser flexíveis em tempos que o comércio está fechando as portas. A venda virtual, definitivamente, não pode ser deixada de lado, com o risco de ficar para trás e perder uma boa fatia de compradores.

(*) Robinson Idalgo é fundador do Sistema Grátis, ERP com módulos grátis.

 

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