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Não sabem o básico do básico. Por Paulo Loeb
Os mais jovens entrantes no mercado de comunicação precisam se armar com conceitos e informações disponíveis, tudo gratuitamente
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10 de dezembro de 2013 - 10h22
POR PAULO LOEB
Sócio da Fbiz
Os personagens abaixo não fazem parte de uma obra de ficção; qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência.
Segunda-feira, 14h33m, Sala 4
– Criaremos uma ação no Facebook e os usuários poderão compartilhar suas experiências e criar conteúdo para a marca, falou o Gerente de Social Midia.
– Boa ideia, o que você espera de resultados? Qual será a métrica que acompanharemos?, perguntou o cliente.
Silêncio…
Quinta-feira, 19h30, no café
– Temos que aumentar o investimento no Google e nas DSPs, ainda tem muito espaço para crescer, afirmou o Coordenador de Mídia.
– Concordo, respondeu prontamente o cliente. Estamos com que CPA?
Silêncio…
Sexta-feira, 10h05, no cliente
– E se produzíssemos um filme só para a web?, sugeriu o prestativo assistente.
– Ótima ideia. Muitos cases já foram criados por aí. Você conhece algum?
Silêncio…
Não posso generalizar, mas a quantidade de profissionais de comunicação recém-formados – e nem tão recém assim – que desconhece o básico do básico é preocupante. Quase todo mundo viu o novo filme da Volvo com o Van Damme, a maioria tem opiniões sobre o Lulu, estão antenadíssimos com o último episódio da Porta dos Fundos. Sabem que o Black Friday brasileiro em grande parte foi um engodo, já estão debatendo o que o Burger King fez com o McDonald´s na Noruega. Usam Waze e 99Taxi.
Por outro lado, não conseguem explicar o que é Cauda Longa, não sabem a diferença entre CPA, CPC e CPM; desconhecem as entidades do mercado como IAB, Aba, Abap, Abradi, Abemd, CCSP.
Jamais leram um artigo na Wired ou FastCompany. Não conhecem o trabalho de agências de fora como AQKA, R/GA, Pereira&O´Dell ou Droga5. Desconhecem os principais cases premiados em Cannes ou no Effie Awards nos últimos anos. Não viram a apresentação Liquid & Liquid da Cola-cola. Não entendem muito bem como funciona o mundo da compra de mídia programática, DSPs e redes de conteúdo. E não parecem se preocupar com isso. Como que se a informação excessiva e atualizada equilibrasse o desconhecimento de conceitos.
Enfim, não quero parecer ranzinza, mas essa é a realidade. Os mais jovens entrantes no mercado de comunicação precisam se armar com conceitos e informações disponíveis, tudo gratuito. A parte boa (se é que há), reside na ignorância generalizada que permite ao mais curioso dominar esses temas e sair na frente dos demais.
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