ProXXIma e Mario Rosa
17 de outubro de 2018 - 7h47
Por Mario Rosa (*)
O boom da tecnologia nos últimos anos deixou um alerta para os profissionais que já estão atuando no mercado de trabalho: qual será o destino das profissões existentes hoje? Será que algumas serão extintas ou substituídas por máquinas? Uma última pesquisa do Fórum Econômico Mundial apontou que a tecnologia – ainda que um motor muito potente para desenvolvimento – irá transformar o mercado de trabalho e, segundo o estudo, serão sete milhões de empregos extintos em todo o mundo.
Aqui, vale a reflexão sobre esse apontamento. A tecnologia não virá para deixar milhões de pessoas desempregadas. Como em muitos aspectos da vida, a tecnologia acaba se tornando aliada das pessoas e, aqui no Brasil, percebemos isso com uma variedade de segmentos que foram impactados positivamente com a chegada de modelos inovadores e tecnológicos. Profissionalmente, o alerta é necessário, sim, uma vez que a realidade é que o mercado de trabalho irá sofrer uma grande revolução. Os empregos serão extintos ou substituídos, mas outras oportunidades surgirão para aqueles que souberem entender a mudança de cenário.
Com isso, sabemos que o futuro será muito promissor para os profissionais que conseguirem tomar contato com sua sensibilidade humana. Esse será o grande diferencial dos profissionais do futuro: saber lidar com pessoas, saber gerenciar, atuar de forma estratégica e humana. A tecnologia irá auxiliar na prática dos trabalhos braçais, mas a inteligência continuará sendo exercida pelos profissionais. A capacidade de criação, inovação, planejamento, tomada de decisões são exclusivamente feitas por pessoas que trabalham diariamente para aprimorar modelos de pensamento e solução de problemas. Isso é o que mais temos de valioso.
Por isso, quanto mais a tecnologia se desenvolver, mais iremos tomar contato com aquilo que nos torna especiais. Habilidades e competências emocionais serão o que precisaremos desenvolver e o que motivarão a criação de novos trabalhos. A criatividade, empatia, olhar estratégico, olhar crítico, experimentação, imaginação, inteligência emocional, autoconhecimento, experiência de vida, relacionamentos interpessoais, valores pessoais, são apenas alguns dos fatores que irão nos diferenciar das máquinas no mercado e deverão tomar conta das nossas atenções a partir de agora.
Começar a pensar dessa forma é essencial para quem quer se destacar lá na frente e isso significa começar desenvolver as competências desde já. Apesar do medo, dos desafios e da insegurança que cerca algumas pessoas, a perspectiva que temos de futuro do trabalho é muito boa e a preparação está disponível para quem pensa à frente!
(*) Mario Rosa é sócio e responsável pela Echos Laboratório de Inovação no Brasil