How To
Os destaques do Google I/O 2013. Por Phillip Klien
Fundador da Predicta e VP do SiteApps conta detalhes de como foi o segundo e o terceiro dia da conferência
Os destaques do Google I/O 2013. Por Phillip Klien
BuscarOs destaques do Google I/O 2013. Por Phillip Klien
BuscarFundador da Predicta e VP do SiteApps conta detalhes de como foi o segundo e o terceiro dia da conferência
20 de maio de 2013 - 5h19
Por Phillip Klien
Fundador da Predicta e VP do SiteApps
Na última sexta-feira, 17, tivemos o terceiro e último dia do Google I/O 2013. Realmente o evento é o nirvana para desenvolvedores que utilizam as plataformas do Google. Além de novos features (recursos, funcionalidades) saindo do forno, você tem acesso aos próprios desenvolvedores do Google para perguntar o que quiser. Foram dias cheios de palestras, na grande maioria, técnicas, mas também pudemos ver para onde os sistemas do Google estão caminhando.
Estou ansioso para conhecer o novo Google Maps, e brincar com a funcionalidade "discover". Quero muito passar a usar comandos de voz no meu celular Android para buscas. E fiquei com água na boca para poder saber como o Google Glass se desenvolverá. Bem, eu não vou recapitular os pontos principais do evento – diversos blogs já fizeram isso e qualquer um pode entrar no Google para assistir as palestras: developers.google.com/live
Eu quero dedicar os meus pensamentos para identificar de todos os anúncios, qual vai ser o produto, serviço ou feature que vai movimentar a maior quantidade de dinheiro nos próximos 12 a 18 meses. E não quero incluir aqui as inovações incrementais de recursos de produtos que já geram dinheiro infinito pro Google (ex: novo Google Maps).
E pra mim a sessão vencedora era "Standardizing Payments on the Web: Introducing request Autocomplete" dentro da categoria Chrome (sim, tem uma sintaxe de programação no nome). Essa palestra me impactou mais do que as do Google Glass, advertising e até de search. Não foi uma das mais assistidas, acho que contei pouco mais de algumas dezenas de pessoas (a do Glass que vi no mesmo dia, tinha duas salas com centenas, se não milhares de pessoas).
Foi apresentada uma funcionalidade nova do "autocomplete" do Chrome browser. O "autocomplete" é o feature que reconhece que a página web tem um formulário e pergunta ao usuário se deseja que o browser já preencha os campos. Mas o que muda é que agora é como os dados de cartão de crédito são preenchidos. Depois que o usuário permite que o Chrome armazene os dados do cartão (e claro, existe a necessidade de integração com o Google Wallet – outro produto do gigante de search), qualquer preenchimento de cadastro de compra em qualquer site passa a ser instantâneo. Mas o coelho da cartola é que a transação é feita não com o número real do cartão de crédito, mas sim com um número temporário. Ou seja, caso aquele site seja hackeado, ou até o dono do site queira usar aquela informação do seu cartão com má-fé – as informações do seu cartão nunca foram tramitadas e estão apenas com o Google. Será o início do fim da fraude de cartão na web? Eu fico imaginando o impacto para o comércio eletrônico. As transações on-line passam a ser mais seguras do que usar o seu cartão num restaurante desconhecido ou até em um posto de gasolina.
E tem mais.
A integração também funciona para smartphones. Ou seja, se eu estiver visitando um site que não tinha conhecido antes e quero comprar um produto, não temos mais de nos preocupar com os dois maiores problemas de dispositivos móveis: (1) preencher os dados no teclado miniatura; e (2) correr o risco de o meu cartão ser clonado e/ou fraudado. Eu acho que esse é o primeiro passo para reduzir o enorme gargalo de taxa de conversão de desktops, notebooks e smartphones. Nos EUA, 25% de todas as visitas em sites de e-commerce são em dispositivos móveis e a taxa média de conversão deles é de 1,5% enquanto em notebookes e desktops essa taxa é de 2,5%. Isso representa um bilhão de dólares.
Simples assim, um novo padrão web dentro do browser pode mudar completamente como a gente compra com smartphone. Já estou recomendando a todos os meus clientes a adaptação a este padrão novo!
Será que essa previsão irá de fato se concretizar?
Veja também
O que é e como funciona o advergaming
Até o final de 2030, os jogos para dispositivos mobile devem atingir um valor aproximado de US$ 272 bilhões, já tendo atingido US$ 98 bilhões em 2020
Publicidade digital chega a R$ 23,7 bi e segue em expansão
Anunciantes que investem em canais digitais cresceram 57%, mas setor ainda está em desenvolvimento, segundo especialistas