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Quantas coisas já estão conectadas ao seu celular?

De acordo com o estudo da GSMA, o mundo já registra mais de 8 bilhões de conexões mobile habilitadas para Internet das Coisas, um crescimento de 6,20% no ano passado, e o número de assinantes únicos de serviços móveis é de pouco mais de 5 bilhões, alcançando um aumento de 3,72%


7 de março de 2018 - 12h11

 

 

Por Omarson Costa (*)

Fonte da imagem: PC Magazine

 

Não há mais dúvida. O futuro (diria que o presente) é das coisas conectadas.

 

Foi o que conclui depois de visitar há alguns dias os corredores do Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o maior evento global da indústria mobile. O relatório GSMA Intelligence 2018 confirma a tendência. De acordo com o estudo, o mundo já registra mais de 8 bilhões de conexões mobile habilitadas para Internet das Coisas, um crescimento de 6,20% no ano passado, e o número de assinantes únicos de serviços móveis é de pouco mais de 5 bilhões, alcançando um aumento de 3,72%. O faturamento mundial anual do setor foi de US$ 1,05 trilhão e a receita média por usuário caiu, vejam só, 3,05% no ano.

 

 

O que isso significa?

 

Basicamente que a Internet das Coisas está crescendo quase o dobro do número de usuários únicos. E aí te pergunto, caro leitor: você conhece alguma operadora que ofereça um plano para coisas conectadas? Ou um plano que ofereça algo além de um número limitado de dispositivos conectados?

 

Este modelo de negócios terá que mudar. E rápido.

 

Os planos terão que ser mais simples, mais baratos e, acima de tudo, incluir um número ilimitado de dispositivos. Ou imagina comprar uma geladeira conectada na Internet que não estará inclusa no plano da sua operadora? Já pensou se cada coisa conectada que tiver em casa precisar de um novo plano de dados?

 

A Internet terá de se aproximar do modelo da eletricidade sob a ótica de um consumidor. Ou a conta não vai fechar.

 

O mesmo relatório GSMA Intelligence 2018 revela que no Brasil temos mais SIM Cards (chips) – penetração de 119% – do que pessoas conectadas, ou seja, cada usuário possui, em média, mais do que um celular. E muito em breve não serão somente celulares, mas também TVs, micro-ondas, geladeiras e outros eletrodomésticos ligados na rede. A Internet móvel, vale observar, cresce exponencialmente no País, o que significará mais e melhores oportunidades para o Mobile Marketing, Mobile Video e outros serviços que irão amplificar o consumo de conteúdo em novos dispositivos móveis.

Vídeo com resumo sobre o relatório GSMA Intelligence 2018

 

Nos estandes das grandes empresas de tecnologia no MWC me surpreendi com novidades que nos deixarão conectados até mesmo debaixo d’água. Os grandes destaques da feira foram os devices para automação residencial, como uma enorme variedade de eletrodomésticos que são ativados por voz através de assistentes pessoais como Alexa, Bixby e Google Assistant rodando em smartphones ou voicebots.

Fonte da imagem: PC Magazine

 

O novo smartphone Galaxy S9, da Samsung, será lançado com um app que permite controlar toda casa através do Bixby, como ligar o forno e a máquina de lavar, entre outras facilidades. A fabricante apresentou ainda a smart fridge, também interconectada com o Bixby que mostra, por exemplo, o que está dentro da geladeira e o que está vencido, toca música, mostra fotos e as câmeras de segurança da casa e muito mais.

Fonte da imagem: PC Magazine

 

A LG também revelou o SmartThingQ, que será integrado ao Alexa e ao Google Home para comandar toda casa.

Fonte da imagem: PC Magazine

 

Nem mesmo seu banho irá escapar da tecnologia. O Livin Shower é um chuveiro inteligente integrado com o Amazon Echo e o Google Home que possibilita personalizar a temperatura, tocar suas playlists e otimizar o uso da água.

 

 

A ZTE trouxe para MWC um smartphone com duas (!) telas. Com o aumento irreversível no consumo de vídeos, será que este formato se transformará no mais popular?

 

 

Apaixonados por bólidos não perdem por esperar este lançamento: um carro 5G autônomo guiado por óculos de realidade virtual. Como você não precisará mais dirigir, relaxe, assista um filme na Netflix e boa viagem.

 

Anote aí: o smartphone será – já está começando a ser – apenas a porta de entrada para um mundo de coisas conectadas.

 

As operadoras, aliás, estão em uma busca frenética por novas frentes de negócios para enfrentar a queda de receita que certamente virá com a tendência de mudanças nos modelos de cobrança dos usuários.

 

A Orange, por exemplo, já lançou seu Mobile Bank. Qual a diferença desta iniciativa com as outras milhares de iniciativas de Mobile Banking? A diferença é que a Orange cansou de buscar parcerias com os bancos e comprou seu próprio banco. Você confiaria seu dinheiro para o banco gerenciado pela operadora? O objetivo do Orange Bank é transformar assinantes em correntistas. No ano passado, conseguiu atrair 55 mil clientes. Nada mau.

 

Conquistar um cliente para planos de mobilidade será somente o primeiro passo. Uma vez conectado, o desafio será monetizá-lo com produtos e serviços que vão muito além da Internet móvel.

 

Quem viver, verá. E se conectará.

 

(*) Omarson Costa é formado em Análise de Sistemas e Marketing, tem MBA e especialização em Direito em Telecomunicações. Em sua carreira, registra passagens em empresas de telecom, meios de pagamento e Internet.

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