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22 de fevereiro de 2019 - 6h32
Por Paula Gertrudes, CEO da Connection
Escolher um nome para representar a marca em uma campanha publicitária pode ser um momento decisivo para marcas e agências de publicidade. Além de artistas e demais celebridades, surgem também os influenciadores para pluralizar as opções de escolha. Por se tratar de um investimento estratégico, é preciso priorizar as necessidades da campanha. Ainda não há teses ou um parâmetro quase que científico para validar a escolha de um em detrimento do outro. Aparece então uma pergunta subjetiva e provocadora: devo contratar uma celebridade ou um influenciador? As respostas são diversas e aprecio tal variedade de pontos de vista. Afinal de contas, não existe um profissional certo ou errado, tudo depende da demanda comercial que a empresa tem.
Para tentar fazer com que essa escolha seja o mais assertiva possível, o mundo da publicidade está se aproximando da Inteligência Artificial. Segundo a Kantar, em 2019 a aplicação de IA dentro da indústria de mídia e marketing aumentará acima da taxa de adoção de 50%. Com tal proporção, pode-se imaginar o quão impactante essa mudança será, principalmente em áreas como análise preditiva, automatização avançada de marketing e segmentação publicitária. Com tantos avanços, a maneira com a qual a publicidade era feita há 15 anos parece bem mais distante. Antes, os rostos das marcas eram protagonistas de novela, que estava nas capas das revistas e nos programas de auditório. Mas com a evolução da internet, influenciadores começaram a ganhar cada vez mais espaço, até mesmo fora da web. Atualmente temos opções que oferecem indicações assertivas, como a Connection, que monitora e conecta marcas à celebridades, e funciona por meio da inteligência artificial.
Tal destaque se dá ao fato de que o mercado almeja os nichos. A segmentação deixou de ser uma tendência e se solidifica como realidade. O futuro promete a adoção de fontes de dados mais sofisticadas para uma segmentação mais inteligente. Além da demografia, o objetivo é integrar diferentes bases de dados como geolocalização, personalidade e sites navegados. O desafio é encontrar soluções que respeitem as leis de proteção aos dados, mas esse é um assunto para outro artigo. Em tal cenário, ao trazer o benefício da proximidade com seu público, o influencer se tornou alvo das marcas. Em meio à profusão na contratação de influenciadores, polêmicas também surgiram. O problema é que não há como medir a conduta profissional da pessoa, até porque engajamento e seguidores não comprovam esses atributos. Para evitar crises, as empresas vêm adotando medidas para se proteger.
Mas e as celebridades? Quando o objetivo é fortalecer a construção de uma marca, as celebridades são a melhor opção. Como estas pessoas estão em evidência por conta de sua trajetória profissional e são conhecidas pelo público de grande alcance, junto com elas vêm a credibilidade – essa para mim é o principal ponto antecedente a qualquer venda, a qualquer campanha que participa. É muito importante que as marcas conheçam, de fato, quem irá estrelar seu novo produto ou serviço, desta forma evitam – com toda certeza – surpresas desagradáveis.
(*) Paula Gertrudes é CEO da Connection