Mercado de trabalho: cultura e expectativa de diferentes gerações
De que forma é possível alinhar as expectativas da GenZ e Alpha?
Sergio Damasceno Silva
10 de junho de 2025 - 11h21
No mercado de trabalho, de que forma é possível alinhar as expectativas da GenZ e Alpha em relação ao bem-estar e, simultaneamente, equilibrar isso com as inovações tecnológicas que, potencialmente, terão o poder de liberá-las dos trabalhos repetitivos?
Mercado de trabalho
No SXSW deste ano, um dos temas em debate foi o trabalho com mais significado. A inteligência artificial (IA) deve eliminar tarefas repetitivas e liberar tempo para aquilo que realmente importa: criatividade, estratégia e bem-estar.
Por isso, os debates durante o evento apontaram que o alinhamento das expectativas profissionais à essência da pessoa se tornou prioridade.
Ou seja, o bem-estar é objetivo central tanto para indivíduos quanto para organizações.
O futuro do trabalho, desta forma, não será determinado apenas por avanços tecnológicos, mas pela forma se equilibra a tecnologia e a humanidade.
Os líderes do futuro precisarão ser pensadores multidisciplinares, comunicadores eficazes e gestores da complexidade emocional tanto quanto da inovação.
Trabalho da Gen Z e Alpha
E como a geração Z e, daqui a pouco, a Alpha, se enquadram nesse contexto? Para pessoas dessas gerações, a flexibilidade é uma das prioridades, tanto em relação ao local, físico ou remoto, quanto ao horário, ou seja, o trabalho deve comportar seu estilo de vida.
Profissionais dessas faixas têm um segundo emprego ou projetos pessoais aos quais querem dedicar tempo e, portanto, a flexibilidade de trabalhar onde quiserem e quando quiserem é um dos requisitos.
Os benefícios que importam, de fato, os relacionados à saúde mental e às finanças. Simultaneamente, há tanto o público que quer avançar rapidamente na carreira quanto a parcela que não se vê na disputa pela ascensão profissional.
Em comum, todos querem avançar rapidamente, se possível, sem “gastar tempo no escritório até às 22 horas” (segundo pesquisa com a GenZ). O que gera visões conflitantes entre as gerações mais novas e as mais velhas no que se refere a caminhos para conseguir promoções. Por fim, a cultura inclusiva, que abrange diversidade, equidade e inclusão (DEI) é importante para manter funcionários da geração Z.
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Genis Fidelis, diretor da Michael Page
Genis Fidelis, diretor da Michael Page