Mark Read deixará board e cargo de CEO do WPP no final de dezembro
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 9, holding afirma que processo de escolha de um sucessor está em andamento
Mark Read deixará board e cargo de CEO do WPP no final de dezembro
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BuscarEm comunicado divulgado nesta segunda-feira, 9, holding afirma que processo de escolha de um sucessor está em andamento
Isabella Lessa
9 de junho de 2025 - 7h25
Nota atualizada às 08h23
Mark Read fica à frente do WPP como chefe executivo até o final do ano, quando deverá ser anunciado um sucessor (Crédito: Arthur Nobre)
O WPP comunicou, nesta segunda-feira, 9, que Mark Read deixará o cargo de CEO da companhia, assim como seu lugar no board, no final de dezembro deste ano.
Segundo o comunicado, o executivo decidiu que é o momento de passar o comando da holding a um novo líder e o processo de escolha de um sucessor está em andamento.
Read ingressou no WPP há 30 anos e foi nomeado CEO em 2018, sucedendo Martin Sorrell, que fora chefe executivo da companhia por décadas. Coube a Read uma reestruturação da holding, então a maior do mundo em termos de receita e presença global, que consistiu em uma série de consolidações das principais marcas de agências que compõem o grupo.
Em seu primeiro ano de gestão, promoveu duas grandes fusões: a que uniu a Wunderman à J. Walter Thompson e a que juntou a VML à Y&R. Os movimentos deram origem, respectivamente, à Wunderman Thompson e à VMLY&R. No final de 2023, essas duas operações formaram a VML, considerada a maior fusão já feita no WPP.
A saída de Read do board acontece, também, em meio ao recém-anunciado rebranding do GroupM para WPP Media. Durante a gestão do executivo, o grupo investiu mais de US$ 1 bilhão em reestruturações.
Nos trimestres mais recentes, a companhia têm apresentado números inferiores aos dos grupos concorrentes: em 2024, reportou recuo de 1% na receita orgânica global. No primeiro trimestre deste ano, registrou queda de 2,7%. O Publicis Groupe e o Omnicom 4,9% e 3,4% no período, respectivamente.
Outro movimento que coloca o WPP em uma posição difícil ante os competidores é a megafusão entre Omnicom e Interpublic (IPG), anunciada em dezembro de 2024 e que deverá ser concluída no segundo semestre deste ano. Se concretizada, dará origem à maior holding de comunicação global.
À época, Read comentou que a fusão entre as companhias representava uma oportunidade de o WPP se destacar por meio dos serviços prestados em benefício dos clientes, não da companhia. “Os clientes não perderam de vista o fato de que, nas últimas duas semanas, muitos de nossos concorrentes passaram muito tempo falando sobre si mesmos”, disse.
Antes de assumir como CEO do WPP, Read atuava, desde abril de 2018, como coCOO da companhia. Antes disso, foi CEO da Wunderman por quase quatro anos. Ele ingressou no WPP em 2006, como diretor da então WPP Digital. de 2002 a 2012, foi diretor de estratégia do grupo e, em 2015, passou a integrar o board.
“Depois de sete anos nesse papel, e com as bases posicionadas para o contínuo sucesso do WPP, sinto que é a hora certa de passar adiante a liderança desta companhia incrível. Estou empolgado com o próximo capítulo da minha vida e só tenho a agradecer às pessoas brilhantes com quem tive a sorte de trabalhar nesses últimos 30 anos. Também quero agradecer a Phil e ao resto do board por seu enorme apoio e ao time executivo”, disse Read, em nota.
Philip Jansen, chair do WPP, agradeceu a Read por suas contribuições ao WPP não apenas como CEO, mas ao longo de toda sua trajetória na companhia. Segundo ele, o executivo posicionou a companhia para o sucesso no longo prazo.
Há poucos dias, o executivo britânico esteve no SXSW Londres representando o WPP. Em entrevista concedida a Katie Prescott, do The Times, ele falou sobre o impacto da IA no mercado de agências. O investimento na tecnologia tem sido uma das principais estratégias de diferenciação da holding e deu, inclusive, origem à primeira campanha B2B da história do WPP — que ressalta as capabilities da companhia em IA.
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