Pesquisa da FCB sobre medo vai para os palcos
Com estreia nesta quarta, 30, Kansas é uma síntese poética dos principais insights do estudo “Os Medos que Pairam Sobre Nós”
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Isabella Lessa
28 de maio de 2018 - 11h37
No ano passado, a FCB Brasil divulgou a última parte da trilogia de estudos proprietários, intitulada “Os Medos que Pairam Sobre Nós”, realizada em parceria com o Coletivo Tsuru e a Quantas, sobre o medo na contemporaneidade. Quase um ano depois, uma peça inspirada nos insights desse estudo entra em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, na quarta-feira, 30.
Desde o início da pesquisa, a agência já tinha planejava transformar os achados em uma experiência sensorial para o público. Assim, Gabriella Mellão participou de todo o processo de levantamento do estudo para depois escrever a peça, também dirigida por ela. “Quisemos trazer esse lado mais poético, para além da teoria apresentada no estudo”, conta a diretora de planejamento da FCB Marcia Nery.
A peça recebeu o nome Kansas em referência à utópica cidade habitada por Dorothy no início de O Mágico de Oz. A célebre frase dita pela garotinha no musical (We’re not in Kansas anymore), simboliza o afastamento da tranquilidade, da segurança e, como consequência, do enfrentamento do desconhecido, dos medos. Diferentemente de 1939, quando o filme foi lançado, a sociedade hoje sente medos que são amplificados pela tecnologia, e até mesmo novos medos decorrentes da realidade digital. É justamente esse um dos pontos-chaves do estudo e que será explorado no espetáculo interpretado pelos atores Ester Lacava, Erika Puga, Alexandre Stockler, Clovys Tôrres e Plínio Soares. A autora escolheu chamar os personagens de homens fósseis, pessoas que perderam a confiança em si e no mundo que os rodeia e estão petrificados pelas ameaças internas e externas.
Além da colagem de textos de Gabriella, a peça conta com trechos de textos retrabalhados dos autores espanhóis Rodrigo Garcia e Angelica Liddell, e de outros escritores contemporâneos, como o poeta Paul Celan, para contar a busca desses seres humanos por amor, validação, segurança e paz. “A Gabriella utiliza os temas primordiais, como medo da morte, os medos sociais, como o medo de ser rejeitado, e os medos individuais, que são os medos que estão mais à flor da pele dos brasileiros, como violência e ameaças físicas”, comenta Marcia.
Sociedade hiperconectada intensifica medos
De acordo com Marcia, a equipe de planejamento da FCB tem utilizado bastante o estudo como estratégia para chegar a insights. Quando o tema tem relação com o projeto a ser criado, o time faz um road show com clientes para apontar possibilidades de como alguns pontos podem ser utilizados na comunicação. Ela cita o cliente Liberty Seguros como um exemplo de marca que de certa forma lida com o medo, pois precisa garantir proteção a seus consumidores. “As marcas podem contribuir para que as pessoas fiquem menos inseguras, para que tenham mais coragem, mais confiança, para que preservem a vida”, diz.
A peça fica em cartaz até o dia 4 de julho.
Crédito da imagem do topo: BorisRabtsevich/iStock
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