WPP nega venda de ativos após saída de Sorrell
Co-COO da holding, Mark Read distribui memorando: “Clientes precisam de soluções mais rápidas, mais ágeis e integradas, precisamos nos aproximar, não nos separar”
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Alexandre Zaghi Lemos
23 de abril de 2018 - 19h39
Desde o dia 14, quando foi anunciada a saída de Martin Sorrell do Grupo WPP, fundado e presidido por ele há 33 anos, foram muitas as especulações sobre o futuro da holding inglesa.
Uma das primeiras atribuições dos dois executivos promovidos a COOs globais está sendo conversar com clientes e funcionários para negar rumores de mudanças extremas no WPP, como, por exemplo, a venda de empresas para outras holdings. Mark Read, até então CEO da Wunderman e do WPP Digital, nesta nova função de co-COO ficou responsável por cuidar de clientes, empresas e pessoas de todo o WPP; enquanto Andrew Scott, até então COO na Europa e diretor de desenvolvimento corporativo da holding, agora está focado no desempenho financeiro e operacional e na implementação de uma reorganização no portfólio do grupo.
Na semana passada, Read distribuiu um memorando para todos os funcionários do WPP, expressando sua confiança no futuro do WPP e negando a venda de ativos da holding. “Há especulações sobre a divisão do grupo. Nós não acreditamos que isso faça sentido. Em um mundo onde os clientes precisam de soluções mais rápidas, mais ágeis e integradas, precisamos nos aproximar, não nos separar”.Também na semana passada, durante a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre do Omnicom, o CEO da holding norte-americana John Wren foi questionado sobre uma possível compra de ativos do WPP após a saída de Sorrell. Wren afirmou que as possíveis companhias especuladas por analistas “não estão no centro das atenções das aquisições” do Omnicom.
Segundo o memorando de Read, além de não vender ativos, a meta do WPP é a de “avançar decisivamente na estratégia do grupo”: “A maior força do WPP é a profundidade e diversidade do nosso talento. Estamos trabalhando de perto com os líderes de nossas empresas e ouvindo atentamente seus pontos de vista, à medida que desenvolvemos nossos planos. Algumas coisas que já sabemos: chegaremos ainda mais perto de nossos clientes para melhor entender e atender às suas necessidades e ajudá-los a crescer em um mundo de ruptura; nos aproximaremos de parceiros de tecnologia como Adobe, Facebook, Google, Microsoft e outros; garantiremos que nossa estrutura e oferta facilitem o acesso dos clientes aos nossos serviços em todo o grupo da maneira mais simples possível. E vamos colocar dados, tecnologia e criatividade no coração do que fazemos”.Leia, a seguir, o memorando distribuído pelo COO Mark Read a funcionários do Grupo WPP:
Para todos no WPP
Nos últimos quatro dias, passei o maior tempo possível conversando com nosso pessoal e com nossos clientes. Há admiração universal pelas realizações de Martin e tristeza por sua partida. Ao mesmo tempo, há uma enorme quantidade de apoio e boa vontade para com o grupo, e não há falta de confiança sobre o seu futuro.
Essa confiança é bem fundada. As empresas, equipes e clientes que compõem o WPP são excepcionalmente boas no que fazem. São organizações importantes com líderes fortes. Os clientes com quem conversei foram claros: valorizam suas agências e equipes parceiras, esperam que elas continuem a entregar trabalho bem feito e não têm dúvidas de que o farão.Andrew e eu recebemos um briefing muito claro do board do WPP. Primeiro, administrar os negócios diariamente. Estou cuidando de pessoas, clientes e empresas, e Andrew está focado no desempenho operacional e financeiro e na gestão do portfólio do WPP. Em segundo lugar, avançar decisivamente na estratégia do Grupo. Temos imensas forças no WPP e planejamos nos basear nas nossas próprias perspectivas e ideias.
A maior força do WPP é a profundidade e diversidade do nosso talento (ou seja, você). Estamos trabalhando de perto com os líderes de nossas empresas e ouvindo atentamente seus pontos de vista, à medida que desenvolvemos nossos planos.
Sob pressão, Martin Sorrell deixa WPP
Há especulações sobre a divisão do grupo. Nós não acreditamos que isso faça sentido. Em um mundo onde os clientes precisam de soluções mais rápidas, mais ágeis e integradas, precisamos nos aproximar, não nos separar.
O WPP é um ótimo negócio com pessoas excepcionais, agências de nível internacional e a maioria das principais empresas, clientes e parceiros do mundo.
Nada do que aconteceu na última semana mudou isso.
Mark Read
Diretor de Operações, WPP
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