Ranking da Interbrand destaca bancos e marcas de cerveja

Taís Farias
11 de junho de 2025 - 18h21

Nessa quarta-feira, 11, durante o ProXXIma, a Interbrand divulgou a edição 2024/2025 do ranking de Marcas Brasileiras Mais Valiosas. Pelo quarto ano consecutivo o top cinco da lista foi composto por Itaú, Bradesco, Skol, Brahma e Banco do Brasil. Na primeira colocação, Itaú cresceu 3% com um valor de marca estimado de R$ 48,6 bilhões.

Na sequência, Bradesco soma R$ 27,7 bilhões, Skol com R$ 16,2 bilhões, Brahma R$ 14,6 bilhões e Banco do Brasil R$ 10,6 bilhões. Para chegar a esse resultado, Interbrand utiliza uma perspectiva baseada em três pilares. Primeiro, a capacidade e desempenho financeiro. Depois, a capacidade da marca de influenciar a decisão de compra dos consumidores e, por fim, a força de marca, um índice calculado a partir de dez atributos que mede a performance de marca em diferentes dimensões.

Entre as novidades da edição 2024/2025, está a volta ao ranking de duas marcas: Casas Bahia e Sulamérica, que ocupam a 22ª e a 25ª posições na lista, respectivamente. “São duas marcas que estão em um movimento positivo. Elas tiveram uma retomada do ponto de vista não só financeiro, mas também de construção de atributos e da percepção que o consumidor tem em relação a essas marcas”, aponta Elaine Baio, diretora executiva da Interbrand.

Em paralelo, as companhias que registraram o maior crescimento no ranking foram Nubank (+18%), Porto (+16%) e PagBank (+19%). Para a diretora executiva da Interbrand, o movimento está relacionado com diversificação feita pelas companhias.

“Nubank que começa a explorar novas arenas na sua estratégia, entregando novos serviços. O próprio NuCel é um dos exemplos. Porto também vem com uma estratégia de diversificação com bastante sucesso, resultados positivos em todas as verticais e isso ficou evidente na sua performance. E PagBank, que vem também se consolidando com cada vez mais clientes e um portfólio de soluções bastante completo”, descreve Baio.

O estudo ainda identificou os atributos de marca que melhor performaram. São eles empatia, agilidade e construção de confiança. “Não adianta ouvir. Não adianta se relacionar e colocar qualquer solução no mercado se eu não estou entregando aquilo que eu estou prometendo. A combinação desses três atributos é o que constrói a narrativa de performance do ranking desse ano”, resume a diretora executiva da Interbrand.

Nesse sentido, o diretor de marketing da Brahma, Felipe Cerchiari, destaca a importância de construir estratégias, de fato, conectadas com o público. “A pergunta que temos que fazer é: como é que eu sou relevante para as pessoas? E não como é que sou relevante para a marcas”.

Em paralelo, Nathalia Garcia, CMO do Bradesco, segunda colocada no ranking, aponta a importância da consistência no posicionamento de marca. “Toda a evolução, toda transformação precisa ter essência. Mas sempre atrelado a alguns pontos que eu acho que são super significativos para manter essa consistência, que é a escuta de cliente, os dados e pesquisa”, aponta a executiva.