O papel do food design no redesenho da indústria de alimentos

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O papel do food design no redesenho da indústria de alimentos

Reconexão com a origem da comida, novas tecnologias e foco em saúde abrem novas oportunidades para produtos e marcas


27 de março de 2019 - 6h00

 

Os experimentos da marca de massas Barilla com impressão 3D mostram novas possibilidades além da forma, incluindo teste de texturas e sabores (Crédito: Reprodução)

O food design está por aí. É utilizado na publicidade, está presente na estratégia de muitos restaurantes e é uma disciplina importante de estudo que vai além da forma dos alimentos. Envolve a relação das pessoas com a comida, o ambiente e a sustentabilidade do que se vai à mesa. Até mesmo uma rede latino-americana de food design já foi criada. “São ações que melhoram nossa relação com alimentos nas mais diversas instâncias, sentidos e escalas que podem se referir tanto ao design do produto ou material comestível em si e ao seu contexto, espaços, interfaces, experiências, sistemas e processos”, explica a food designer Mariana Bacci.

Mariana conta que o food design possui uma abordagem sistêmica sobre toda a cadeia do alimento, um olhar sobre os processos por meio das técnicas e metodologias do design com foco no usuário para a criação de novos produtos e serviços. “Quando falamos em design é preciso desconstruir essa ideia apenas de desenho e estética e pensarmos no processo, talvez por isso o termo food design seja sempre confundido com food styling, que é a montagem do prato. Food Design significa projetar soluções que geram valor ao usuário, dentro disso podemos ter o recorte da sustentabilidade do ambiente que este individuo está inserido e seu comportamento”, diz.

 

Alterar seu rótulo com foco em informação, como fez a Heinz, é outro caso do uso das premissas do food design (Crédito: Reprodução)

A tecnologia de impressão de alimentos, por exemplo, é um recurso importante para o food design já que ela permite possibilidades e formas de consumo de nutrientes. “Podemos citar alguns exemplos, entre eles o projeto da Barilla em parceria com o MIT para desenvolver macarrão impresso em 3D com tecnologia termodinâmica. Neste caso, sob o aspecto do food design temos a tecnologia sendo aplicada às soluções que geram uma melhor experiência de consumo e menos impacto. Temos também o restaurante que será inaugurado em Tóquio, que produzirá sushis impressos com base nas necessidades nutricionais, a partir de um exame de sangue”, explica.

Carol Bajarunas, diretora do movimento Foodtech Movement, afirma que o food design ressignifica “a forma como lidamos com os alimentos e com tudo que está relacionado a ele, ou seja, a cadeia alimentar. Impressoras 3D para alimentos, utensílios super funcionais e melhorias na experiência do usuário fazem parte dessa construção e tudo isso contribui para a evolução que estamos vivendo no Food System.”

Outra marca que vem gerando repercussão e se enquadra no conceito é a startup californiana Impossible Burger, que produz proteína desenvolvida a base de plantas. Outra marca que já fez uso do conceito foi a Heinz, que criou um rótulo em letras “garrafais” sobre seus ingredientes. À época desse lançamento, no ano passado, Isabella Rizzo, diretora de marketing da Kraft Heinz, ressaltou que o objetivo era “mostrar para todos os seus consumidores como é o jeito Heinz de fazer ketchup com base no reflexo da nossa preocupação com qualidade e processo.”. Além disso, plataformas como iFood, Uber Eats e Rappi são cases de food design já que apontam como a tecnologia modifica o comportamento das pessoas e pode criar soluções.

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