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Marketing

Diversidade no marketing avança, mas ainda é lenta nos EUA

Relatório da Associação Nacional dos Anunciantes do país mostra alguns avanços, mas profissionais pretos e latinos ainda são subrepresentados


8 de novembro de 2022 - 6h00

Do Advertising Age

As empresas dos Estados Unidos têm tido ganhos ao ampliar a diversidade em suas equipes de marketing, mas essa mudança ainda acontece de forma muito lenta, sobretudo quando se trata da representatividade de pessoas pretas, hispânicas e não-binárias.

(Crédito: SV Sunny/ iStock)

O progresso – e as deficiências das empresas – estão documentados no quinto relatório anual da Associação Nacional dos Anunciantes (ANA) dos Estados Unidos, produzido em conjunto com a Alliance for Inclusive and Multicultural Marketing (AIMM).

Esta edição do relatório é publicada cerca de dois anos depois de as marcas terem começado a firmar compromissos mais sólidos em relação à inclusão racial, incluindo anúncios de que teriam uma cadeia de fornecedores mais diversa. Parte dessa iniciativa aconteceu após o assassinato de George Floyd, em 2020, que acabou mobilizando o mundo em relação ao tema da justiça racial.

O relatório, que pesquisou anunciantes que são membros da ANA, como Delta Airlines e Wallgreens, mostra que 29,1% dos profissionais de marketing das empresas são diversos. Em 2018, esse percentual era de 26%.

Os chief marketing officers (CMO), em sua maioria, são pessoas brancas. Nessa posição, inclusive, os profissionais diversos são apenas 14,6%. Em 2021, esse índice era praticamente igual (13,7%).

O relatório foi elaborado com base em respostas concedidas por 32.623 pessoas a respeito de identidade de gênero e de 29.194 pessoas a respeito de etnias.

Apesar de terem ampliado a presença nos departamentos de marketing em comparação com o ano passado, os profissionais latinos e pretos continuam subrepresentados em relação a outros grupos populacionais em todo o país, de acordo com o relatório da ANA.

Os funcionários negros representam 7,2% da força de trabalho da indústria, o que representa um incremento de 6,6% em comparação com o ano anterior. No entanto, esse percentual está bem abaixo da representatividade da população preta nos Estados Unidos, que corresponde a 12,1% do total.

A mesma discrepância acontece com os latinos que, embora representem 18,1% da população, compõem 10,9% da força de trabalho no marketing. Ainda assim, a representatividade desse grupo cresceu 8,9% em relação a 2021.
O relatório apontou também que os americanos nativos, os nativos do Alaska, nativos do Havaí, das ilhas do Pacífico e os funcionários multirraciais representam 3,2% da força de trabalho na indústria do marketing.

Os funcionários brancos nao-hispânicos ainda são a maioria, embora tenham diminuído sua participação em relação ao total, correspondendo a 67,7% do total da força de trabalho. Os funcionários asiáticos, que correspondiam a 11,7% em 2021, caíram para 10,2% neste ano. Ainda assim, estão acima da representatividade da população asiática nos Estados Unidos, que corresponde a 5,9% do total.

A respeito de gênero, as mulheres agora representam 68,3% da força de trabalho no marketing, enquanto os homens compõem 31,6% do total. Os funcionários não-binários correspondem a apenas 0,1% da força de trabalho, segundo o relatório da ANA.

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