“Mulheres estão atrás de suas próprias ambições profissionais”
Fernanda Gama, da Tresemmé, conta sobre o programa de capacitação profissional feminina da empresa
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Victória Navarro
18 de setembro de 2018 - 9h44
Em 1938, Edna Emme discursava na Casa Branca sobre o papel da mulher nos negócios. Dez anos após imprimir o poder feminino no mercado de trabalho, a profissional fundou a Tresemmé. Ela já tinha trabalhado como cabeleireira no salão de sua irmã e, por meio dessa experiência, entendeu como um cabelo com efeito desejado é capaz de potencializar a autoestima e confiança da mulher em sua aparência. Ao empreender, Edna trouxe à tona sua altivez em uma época que os produtos profissionais tinham acabado de chegar aos salões de beleza e que os executivos eram quase que exclusivamente homens.
Passadas algumas décadas, a luta da fundadora de Tresemmé ainda é refletida por outras mulheres da sociedade, uma vez que poucas ocupam cargos de chefia. Diante disso, a marca da Unilever realizou o “Relatório de Presença Tresemmé”, responsável por compreender em quais contextos sociais a figura feminina está expressando sua presença, ou seja, quando as mulheres transmitem boas energias ao colocarem o seu melhor na exterioridade e ao superarem momentos de hesitação para alcançar ambições profissionais. O estudo foi conduzido pela Eldeman Intelligence, por meio do instituto International Centre for Research on Women (ICRW), focado no empoderamento de mulheres, equidade de gênero e combate à pobreza. A pesquisa foi feita no Reino Unido, Estados Unidos e Brasil com pessoas do gênero feminino que possuem entre 18 e 35 anos via questionário online.
O fato que 30% das mulheres consideram ter grande presença, informação levantada pelo estudo, levou a Tresemmé a desenvolver o Programa Toque de Expert, com o objetivo de alavancar a confiança do gênero feminino e, consequentemente, sua atuação no mercado de trabalho. A iniciativa, criada em parceria dentro plataforma de capacitação e empregabilidade Bettha, fornece 20 jornadas onlines de conhecimento – com conteúdos curtos e customizados de acordo com a necessidade individual de cada mulher – que à medida que são completadas dão às usuárias uma moeda virtual, que mede o nível de engajamento gerado com as informações fornecidas. As participantes do programa podem trocar essa recompensa por experiências exclusivas como cortes de cabelo com Eron Araújo, hair stylist e embaixador da marca, e cursos na plataforma de educação em tecnologia Mastertech. As jornadas serão lançadas na Bettha até o final deste 2018.
Segundo Fernanda Gama, gerente de marketing da divisão de beauty personal care da multinacional de bens de consumo Unilever, a ideia do Toque de Expert é produzir dados relevantes para que as mulheres possam consumir em pouco tempo, por exemplo, nos intervalos do almoço no trabalho ou até mesmo nos trajetos diários. “É como o conceito de CD e single: você pode comprar um álbum com todas as músicas ou escolher uma única faixa de acordo com sua vontade”. A comunicação do projeto, iniciada em 31 de agosto deste 2018, é realizada pela F.biz de modo 100% digital.
A novidade de Tresemmé é uma iniciativa do Plano de Vida Sustentável da Unilever (USLP) e foi desenvolvida internamente pelos times de marketing local e global da marca, que contou com a ajuda, além da plataforma Bettha, da Innate Motion, consultoria de negócio focada em impacto, que criou o conceito do programa. “As expectativas do Toque de Expert estão em linha com as diretrizes do USLP, entre as quais defendem o empoderamento profissional internamente, institucionalmente e por meio de suas marcas. Com apostas em iniciativas que desenvolvam diversas habilidades, até 2017, 1,3 milhões de mulheres já foram capacitadas. Além disso, uma das metas do plano de sustentabilidade da empresa é empoderar 5 milhões de mulheres ao redor do mundo, até 2020”, fala Fernanda.
Mulheres são 20% da criação das agências
Para Fernanda, da Unilever, a presença é um componente chave na igualdade das mulheres. Segundo o “Relatório de Presença Tresemmé”, 47% das brasileiras demonstram confiança. Em todos os países onde foi idealizada a pesquisa, 77% das mulheres afirmaram que marcar presença é um objetivo atingível. “Quando a figura feminina possui autoconfiança, autoconsciência e objetivos e ambições – 67% das mulheres no Brasil declaram reunir esses três pilares –, ela tem maior probabilidade de demonstrar níveis altos de presença”. A profissional explica que a autoconfiança permite que as mulheres se sintam capazes de influenciar os outros de forma positiva; a autoconsciência, que tenham a inteligência emocional e compreendam como expressar seu estilo pessoal por meio da aparência; e objetivos e ambições, que possuam planos para os próximos cinco anos e um conjunto de convicções e valores. “Mulheres estão atrás de suas próprias ambições profissionais e seus propósitos”.
As figuras femininas com presença, segundo o relatório, são aquelas que se preocupam com seu exterior e que investem mais tempo cuidando de si mesmas. A maioria (70%) tem entre 30 e 35 anos, com pós-graduação ou alguma especialização (50%), estão empregadas (33%), são casadas (36%) e possuem alta renda (34%). “Mulheres entre 25 e 30 anos tendem a passar por uma queda na confiança durante partes da sua carreira, entretanto mulheres de 18 a 21 anos sofrem com falta de confiança ao socializar e começar um novo emprego”, conta Fernanda. “A importância de ter presença no ambiente de trabalho fica ainda mais evidente em todas as coisas que fazem com que ela duvide da sua presença, como receber um retorno negativo no trabalho, não cumprir um prazo e ter suas opiniões analisadas”, adiciona.
Mais da metade das mulheres que participaram do estudo já ouviram falar em presença (71%) e, nesse cenário, as brasileiras representam a maior parcela consciente (85%). Há uma forte evidência de que a figura feminina com grande presença consegue fazer mais coisas e progredir mais, principalmente no Brasil (87%). “Mulheres com maior presença aparentam superar mais barreiras e obstáculos da vida do que aquelas com menor presença”.Para a gerente de marketing da divisão de beauty personal care da Unilever, existem uma série de fatores diários que podem fazer com que a mulher duvide da sua presença, sendo que alguns tem mais impacto que outros. Não se sentir bem com a sua aparência (77%), receber um retorno negativo (85%), ser ignorada ou não ser ouvida (96%) mexem com a autoconfiança. Ao todo, 74% das brasileiras entendem que o primeiro passo para atingir maior presença é buscar mais informações; e ter acesso a conteúdo voltado para o autoconhecimento e desenvolvimento de novas habilidades.
*Crédito da foto no topo: Pexels
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