Fátima Bernardes: “Não me sinto confortável em fazer publicidade em excesso”

Renan Honorato
1 de outubro de 2024 - 20h35

Fátima Bernardes encerrou o primeiro dia do Maximidia nesta terça-feira, 1, ao relembrar momentos importantes da carreira (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Encerrando a programação do Maximidia nesta terça-feira, 1, Fátima Bernardes falou à audiência do evento sobre suas diversas facetas profissionais. Com bom humor, a apresentadora reconstruiu os principais momentos de sua carreira na televisão, que acompanharam a transformação do próprio meio.

Foi nos anos 1980 que Fátima entrou para equipe de jornalismo da TV Globo, no Rio de Janeiro, onde passou a apresentar o jornal local RJTV. Na década seguinte, se tornou âncora do Jornal da Globo, onde dividiu a bancada pela primeira vez com William Bonner.

Para ela, a prática jornalística foi extremamente impactada pelas novas tecnologias. “Hoje, é inaceitável que um repórter chegue para entrevistar uma fonte sem conhecê-la, com tantas ferramentas disponíveis”, diz.

Fátima Bernardes e a publicidade

Apesar dos mais de 20 anos de trajetória jornalística — e, após 14 anos na bancada do Jornal Nacional –, Fátima deixou o jornal em 2011. “Sou aparentemente muito tranquila, mas sou muito inquieta internamente”, comenta. Desde então, enveredou para o entretenimento e para a publicidade, porém, sempre com alguma cautela. Foi apenas depois de um ano que ela fez a primeira ação comercial no programa, ao cocriar ao lado do Itaú um quadro sobre finanças.

Segundo ela, seu relacionamento com as marcas pode ser considerado conservador e duradouro. “Não me sinto confortável em fazer publicidade em excesso”, comenta. Nesse sentido, Fátima tenta estar por dentro dos principais projetos, ao mesmo tempo que busca inspirações em personalidades como Oprah Winfrey.

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Etarismo, projetos e desafios

Em 2024, a profissional se desligou da Globo depois de comandar programas como The Voice e Encontro com Fátima Bernardes. Porém, não sem antes apresentar alguns projetos autorais que estão sendo analisados e cocriados neste momento. Segundo ela, são os mais intimistas que já fez.

Atualmente, a apresentadora lançou um canal no YouTube em parceria com a Play9, no qual apresentou a Olimpíada Paris e quadros de culinária. Segundo ela, o digital não impõe a limitação do tempo da televisão, o que dá maior autonomia à curiosidade do jornalista ou do apresentador que busca histórias para contar.

“Quando penso em um projeto, não penso na minha idade. Se não falarmos em etarismo, não vamos conseguir superar esse preconceito. Sempre me sinto pronta para aprender”, enfatiza Fátima sobre a importância de discutir pautas como racismo, etarismo e LGBTfobia.

Além disso, para os próximos meses, Fátima quer consolidar as parcerias no seu canal de YouTube que possam viabilizar projetos como o realizado junto à Seara.