NY Times registra queda de audiência

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NY Times registra queda de audiência

Abril foi menos impactante do que março em notícias, mas sites de outros jornais têm mantido nível de acesso


12 de maio de 2011 - 11h34

O modelo de pagamento pelo conteúdo criado pelo site do jornal The New York Times no final de março continua a prejudicar o tráfego para o veículo, mas, talvez, dentro de níveis que ainda podem ser aceitáveis.

Do ponto de vista das páginas de todos os sites de jornais mais visitados nos Estados Unidos, a participação do NY Times caiu de 13% em março para 10,6% em abril, o que é a menor participação em 12 meses, conforme os últimos dados da ComScore. As page views de março a abril caíram 24,4% no site do jornal. Mas, fazer a comparação ano a ano talvez seja desaconselhável porque a ComScore adotou uma metodologia diferente em maio do ano passado.

O NY Times aponta que alguns outros sites noticiosos registram queda grande de audiência após os grandes eventos de março como o terremoto e tsunami no Japão. O Yahoo News, por exemplo, teve queda de 23,9% em page views e o MSNBC.com caiu em 21,4%, conforme um porta-voz do NY Times. Contudo, esses sites estão na categoria de notícias gerais da ComScore, e não na categoria jornais.

O porta-voz do jornal diz que, quando se analisa esses números, parece que houve um declínio da notícia. “Apesar disse, e dado que este é o primeiro mês em que você pode ver os padrões de tráfego desde o lançamento do sistema de assinaturas, esses números realmente são melhores do que as nossas projeções internas”, afirma a fonte. Para o porta-voz, “apesar da importância da notícia, o que não pode ser menosprezado, mantivemos nossa classificação em termos de usuários únicos e page views e isso é importante. Para nós, esses indicadores são muito fortes e estamos satisfeitos”, afirma.

Break even

Para um analista, o modelo pago do NY Times pode ser útil: “O modelo sugere que, mesmo que o NY Times perca 20% do tráfego na internet, seria necessário adicionar mais 107 mil assinantes para atingir o break even”, diz em nota aos investidores o funcionário do Citi, Leo Kulp.

Durante sua teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre, o grupo Times Co. informou que já havia conquistado 100 mil assinantes para o novo modelo de conteúdo pago. Esse número não inclui os assinantes do papel e também os que têm livre acesso ao jornal digital e tampouco aqueles grandes usuários que se beneficiam de acesso livre por cortesia. No entanto, o número contabiliza os usuários que pagam apenas US$ 0,99 para assinaturas de entrada nas quatro primeiras semanas. “Enquanto não sabemos quantos desses assinantes apenas testam o serviço e não se converterão em usuários definitivos, assumimos que são de longo prazo”, diz Kulp.

“Com base nas nossas projeções, acreditamos que o conteúdo pago do NY Times está se aproximando do equilíbrio apenas com os assinantes adicionados nas três primeiras semanas pós-lançamento”, continua a nota do Citi. “Provavelmente, o NY Times registrará aumento de receitas provenientes dos 100 mil assinantes sob o patrocínio da Lincoln, bem como o aumento das assinaturas impressas pós-lançamento do site pago, o que é importante porque a versão impressa ainda é muito rentável”, analisa a nota do Citi.

Do Advertising Age.

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