Comissão americana quer mudar regras da TV paga
Proposta da FCC quer que todos os canais fechados tenham aplicativos para que seus usuários possam acessar o conteúdo na internet
Comissão americana quer mudar regras da TV paga
BuscarComissão americana quer mudar regras da TV paga
BuscarProposta da FCC quer que todos os canais fechados tenham aplicativos para que seus usuários possam acessar o conteúdo na internet
Mariana Stocco
12 de setembro de 2016 - 14h30
Na última quinta-feira, 8, o presidente da Federal Communications Commission (FCC), agência reguladora de telecomunicações norte-americana, Tim Wheeler, apresentou uma proposta que pode mudar o mercado de TV por assinatura dos Estados Unidos. A proposta, que será votada no dia 29 de setembro, quer é desvincular a distribuição dos sinais de TV paga da necessidade de contratação de um set-top e uma rede exclusivas fornecidas pelas operadoras de TV paga.
Hoje em dia, o assinante de TV paga necessita de uma rede, que pode ser a rede de cabo, IPTV ou via satélite, e um decodificador dos sinais para ter acesso àquele conteúdo. O que tem se visto nos últimos meses é uma movimentação das programadoras no caminho da distribuição de sinais por meio de redes IP, num modelo conhecido como TV everywhere.
O que a Comissão americana quer é que todos os provedores de TV paga ofereçam uma forma de acesso exclusivamente por IP. Isso faria com que o usuário economizasse no aluguel do set-top, que, segundo a FCC, gira em torno de US$ 231, e na instalação da rede.
De acordo com a Comissão se o usuário não quiser usar esses aplicativos das programadoras, não existe problema nenhum, ainda será possível realizar pacotes com cabo. Para acessar esses apps, o usuário teria que comprar um plug-in como o Roku ou o Amazon Fire Stick, que custam cerca de US$ 50. Além disso, será possível ter acesso por meio de consoles de vídeo-game e smart TVs.
O plano da FCC dá um prazo de dois anos para a indústria televisiva produzir e colocar esses apps em funcionamento. Mas, se você faz parte dos 5% dos americanos que usam uma operadora pequena, você talvez terá que esperar quatro anos para que isso ocorra, de acordo com a Fortune.
A proposta ainda prevê que os conteúdos continuem controlados de ponta-a-ponta pela operadora, inclusive em relação à ordem dos canais e manutenção dos espaços de publicidade, como forma de assegurar a proteção contra pirataria, direitos autorais e preservação dos contratos já negociados. Ou seja, as operadoras não seriam obrigadas a liberar os conteúdos em arquivos que pudessem ser acessados fora do aplicativo da própria operadora.
As programadoras, não entanto, não gostaram muito da proposta da FCC. A Comcast e a National Cable Telecommunications Association começaram a fazer barulho logo após o anúncio da Comissão. De acordo com as empresas, a FCC estaria excedendo sua autoridade legal e que a proposta os afogaria em burocracias.
Segundo a Foturne, as empresas estão com medo de perder as gordas taxas de aluguel dos modens e com a pulverização de mercado que aconteceria, já que seria mais fácil de procurar conteúdo e encontra-los em outra operadora.
Compartilhe
Veja também
Os novos realities que a Endemol Shine pretende trazer ao Brasil
The Summit, Fortune Hotel e Deal or No Deal Island estão sendo negociados com players para estrear em solo brasileiro
CazéTV e Globo estreiam no Intercontinental de clubes com 8 marcas
Enquanto a Globo tem a Betano como patrocinadora, canal de Casimiro Miguel conta com Ademicon, Betano, Banco do Brasil, H2Bet, KTO, Ourocard Visa e Netflix