Covid-19: 48% do mercado prevê queda de publicidade
Pesquisa do IAB em parceria com a Nielsen aponta assimetria entre avaliação de anunciantes e veículos
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Salvador Strano
25 de maio de 2020 - 6h00
A crise do novo coronavírus deve causar danos ao segmento de publicidade no País. Uma pesquisa realizada pelo IAB Brasil e pela Nielsen, que ouviu profissionais de marketing, veículos e agências, aponta que 60% dos entrevistados acreditam que o maior impacto da pandemia no segmento de comunicação será em cortes no orçamento relacionado a pessoas – que incluem novas contratações, promoções e treinamentos. Quase metade (48%) dos que foram ouvidos relatam, também, que os investimentos publicitários em anúncios, custos de agências e concorrências devem ser afetados.
Com uma visão um pouco mais otimista do cenário, 13% dos respondentes acreditam que não vão sofrer cortes e os planos serão mantidos.
O estudo ouviu 413 profissionais de empresas que atuam no mercado de publicidade entre os dias 15 e 24 de abril. Dos entrevistados, 75% estão do lado dos que compram mídia (agências e anunciantes), enquanto 25% operam a venda de mídia (veículos e empresas de tecnologia e serviços relacionados à publicidade).
Ao analisar os dados apenas de anunciantes, 72% dizem que devem ocorrer cortes sobre os investimentos em publicidade, seguido de redução de pessoal (66%). Somente 2% acreditam que não vão sofrer cortes e o plano se manterá.Essa visão das marcas não atinge todos os publishers e plataformas da mesma maneira. No âmbito digital, por exemplo, 64% dos anunciantes estimam que terão algum impacto negativo sobre seu plano de investimento até o fim do ano. Já nas previsões de offline esse percentual sobe para 80%.
Quando questionados sobre cortes agressivos, entre 70% a 100% do plano previsto, 29% apontam corte em offline enquanto apenas 9% apontam cortes no digital.
Quem vende, entretanto, mantém outra expectativa.
Entre os publishers e plataformas, apenas 32% espera uma queda nos investimentos publicitários por conta da Covid-19. Neste segmento também se concentra o maior percentual de otimistas, com 14% que afirmam não prever reduções nas cifras investidas.
E entre as estratégias com maiores declarações de cortes, as iniciativas focadas em fundo de funil, como o marketing de performance, foram as que mais apareceram.
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