Crackle, on demand da Sony, chega ao Brasil
José Rivera Font, vice-presidente, em entrevista ao Meio&Mensagem, fala sobre a entrada do serviço no País
José Rivera Font, vice-presidente, em entrevista ao Meio&Mensagem, fala sobre a entrada do serviço no País
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14 de abril de 2012 - 11h25
Em outubro, o Meio&Mensagem antecipou a entrada em operação da Crackle no Brasil (leia aqui), a rede de vídeos on demand da Sony Pictures Television. Nesta terça-feira, 13, o serviço estreou no País, gratuito e baseado em publicidade. Por ora, na região, apenas o Brasil recebe o serviço, que será expandido gradativamente para a AL. O Brasil tem a quinta maior audiência online do mundo, o que justifica o pioneirismo do País na região latino-americana.
Para o lançamento, três canais da Sony Television na América Latina estão envolvidos – Set, AXN e Spin. A Crackle oferecerá novos filmes semanalmente e estreia com um acervo de 150 títulos. Na estreia, entre outros, estão disponíveis títulos como Homens de Preto, Bad Boys, Hellboy, Promessa é Dívida, Na Linha de Fogo e O Homem Sem Sombra.
Em entrevista ao Meio&Mensagem, o vice-presidente e gerente-geral da Crackle para América Latina e Brasil, José Rivera Font, comenta a estratégia da empresa no Brasil e fala sobre a competição com serviços equivalentes como Netflix, NetMovies, sundayTV (Terra) e outros.
Meio&Mensagem – A Crackle chega num momento em que vários players como Netflix, NetMovies, sundayTV (do Terra), NOW (da Net) e, futuramente, de canais como HBO e outros, já concorrem no Brasil. Como a rede de vídeos VOD da Sony se diferencia em relação a esses players?
José Rivera Font – Ao contrário da assinatura de vídeo on demand (VOD) e outros serviços de vídeo pagos, atualmente disponíveis na região, a Crackle é e sempre será gratuita. A Crackle é a próxima geração de rede de entretenimento de vídeo em rede online, suportada por publicidade, que oferece filmes e séries integrais, livres de intervalos. O serviço tem uma biblioteca dinâmica de filmes de estúdios como a Columbia Pictures, TriStar Pictures, Screen Gems e Sony Pictures Classics.
M&M – Como é composta a biblioteca da Crackle? São filmes antigos, lançamentos, séries etc.?
Font – Há uma enorme demanda por conteúdo de filmes no Brasil e a Crackle traz uma incomparável experiência, sempre gratuita, cuja programação está preparada para atender aos desejos do público local. Temos cerca de 150 títulos disponíveis no primeiro momento, numa seleção diversificada de gêneros que os consumidores adoram e que inclui ação, crime, comédia, horror, suspense, thriller e ficção científica.
M&M – O serviço da Crackle tinha 10 milhões de visitantes até o ano passado nos EUA. Como está agora o serviço? E, além do Brasil, haverá lançamento para a América Latina também?
Font – Nos EUA, a Crackle tem tido um crescimento sustentado, com mais de 11 milhões de visitantes únicos em todas as plataformas online – móvel e TV conectada à internet (OTT). Temos mais de 9 milhões de downloads de aplicativos móveis desde o lançamento em abril de 2011. A Crackle também está disponível no Reino Unido, Canadá e Austrália. Como a quinta maior audiência online do mundo, o Brasil representa uma grande oportunidade para a Crackle e foi estrategicamente escolhido como o primeiro país para expansão na América Latina. Além disso, é importante notar que, segundo a comScore Video Metrix, no Brasil 85% dos usuários de internet consomem conteúdo de vídeo a cada mês, o que significa que são gastas 10 horas por mês, por pessoa, com vídeos online. A estratégia da Crackle é concentrar-se no Brasil em primeiro lugar e, em seguida, lançar nos demais países da América Latina.
M&M – Quais são os modelos de negócios da Crackle? Parte é gratuita e parte é bancada pela publicidade. Como funciona isso?
Font – O crackle.com.br é um site baseado em publicidade: os anúncios são apresentados dentro da experiência de visualização de filmes. A Crackle oferece aos anunciantes uma maneira de associar sua marca ao conteúdo de filmes premium de forma a envolver profundamente os telespectadores. Estamos muito animados com o fato da Kimberly Clark, Correios e Oi serem os primeiros anunciantes no site do Brasil. A Crackle desenvolve parcerias e formas criativas para os anunciantes mostrarem suas marcas dentro da plataforma. Atualmente, oferecemos publicidade em vídeo online, o que inclui coleções personalizadas com a marca, patrocínios, rich media e exposição na home principal, entre outros.
M&M – Como será o acesso à Crackle no Brasil – por site, aplicativo para iPad e Android, aplicativo para smart TV?
Font – Atualmente, o serviço está disponível apenas na internet. Em outros países, a Crackle oferece serviços em celulares, tablets e TVs conectadas à internet (OTT). Estamos no processo de explorar outras plataformas no Brasil.
M&M – O acervo da Crackle será exclusivo da Sony Pictures?
Font – Inicialmente, teremos filmes e outros conteúdos de vídeo digital da biblioteca da Sony Pictures. E estamos explorando oportunidades com outros provedores de conteúdo.
M&M – Quais são as expectativas da Sony com o lançamento dessa nova plataforma no Brasil?
Font – O objetivo é estabelecer a Crackle como marca e fazer da rede o destino online para conteúdo de vídeo gratuito no Brasil. Vamos construir a nossa oferta de serviços para consumidores e anunciantes e, ao mesmo tempo, desenvolver programação mais relevante e variada.
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