Fusões em mídia e tecnologia são as mais rentáveis

Buscar

Fusões em mídia e tecnologia são as mais rentáveis

Buscar
Publicidade

Mídia

Fusões em mídia e tecnologia são as mais rentáveis

Estudo da PwC investiga motivos que levam a fusões e aquisições nesses setores, bem como os maiores desafios das empresas após a concretização das negociações


22 de janeiro de 2020 - 6h00

As fusões e aquisições nos setores de mídia, telecomunicações e tecnologia, quando bem sucedidas, costumam trazer maior retorno aos acionistas do que transações em outros setores. É o que mostra um novo estudo da empresa de consultoria e auditoria PwC, a pesquisa “Creating value beyond the deal: technology, media & telecommunications”.

Segundo o estudo, o retorno delas é de 83% nos 12 meses após a transação – índice que é maior do que a maioria dos setores analisados. No setor de saúde e farmácia, para se ter ideia, fusões e aquisições bem-sucedidas geram 67% de retorno aos acionistas. No setor de energia, 61%; e no setor de serviços financeiros, 39%. O retorno de transações nos três segmentos só fica atrás do gerado na área de manufatora e serviços (86%).

O estudo foi feito com base em cem entrevistas com executivos de empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações – sendo que todas elas realizaram pelo menos uma aquisição ou venda de ativos nos últimos 36 meses. O levantamento também leva em conta transações que ocorridas entre janeiro de 2008 e dezembro de 2016. A pesquisa é um desdobramento de um estudo mais amplo que analisou transações em vários seguimentos.

Entre o total de fusões e aquisições nos três segmentos analisados, 39% geraram valor moderado para as empresas adquirentes. Outras 18% geraram valor significativo, enquanto outras 21% geraram perda de valor moderado. Apenas 9% das transações resultaram em perda de valor significativo.

Fatores de crescimento após fusões e aquisições

Nos setores de mídia, telecom e tecnologia, 50% das negociações analisadas pela PwC partiram da iniciativa de executivos das companhias envolvidas, enquanto outras 28% partiram na iniciativa de investidores externos. Já os motores de crescimento para as novas empresas resultantes, de acordo com os executivos consultados, são novos produtos, a possibilidade de entrar em novos mercados, a venda cruzada de produtos, melhorias na precificação e a entrada em novas categorias de mercado.

“O principal (para não dizer único) motivador de processos de fusão e aquisição é a geração de valor aos acionistas. Muitas vezes esse motivador se materializa em outras razões, tais como a entrada em um novo mercado, a aquisição de uma nova tecnologia, a eliminação de um concorrente, uma rápida expansão dos negócios, a incorporação de novos portfolios de produtos, a exploração de outros canais de distribuição etc”, analisa o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso. A geração de valor aos acionistas também pode se dar por meio de aumento da receita, eficiência operacional ou redução de custos e despesas.

Preocupações após a fusão

Quando questionados sobre suas maiores preocupações nos primeiros dias após a fusão, executivos consultados pela pesquisa destacaram a retenção de clientes, seguida a necessidade de criar valor para a nova empresa, as mudanças no modelo operacional e o rebranding. Segundo 34% deles, a cultura organizacional das empresas dificultou a criação de valor imediata. Outros 66% disseram não ter tido dificuldades nesse sentido.

“É fundamental para o sucesso da transação que a empresa adquirente tenha um plano detalhado de ações – abrangendo aspectos operacionais, comerciais, recursos humanos, tributários, planos de comunicação, integração de processos, sistemas, controles, políticas entre outros – e que execute esse plano de forma rigorosa desde o dia 1 após a aquisição”, argumenta Leonardo.

A escolha de vender um ativo

A decisão de vender um ativo, por sua vez, pode ser motivada pela dificuldade de manter uma determinada empresa ou unidade de negócios competitiva, como apontado por 36% dos participantes da pesquisa. Ainda, preocupações geopolíticas podem pesar na decisão: 20% dos entrevistados disseram optar por vender ativos como uma maneria de reduzir sua exposição a dificuldades macroeconômicas e geopolíticas. Ainda, 18% venderam ativos para levantar fundos para outros negócios, e outros 18% foram adiante com uma aquisição ou fusão porque a empresa vendida não era essencial para seu core business. Outros 14% venderam ativos para antecipar disrupções tecnológicas, ou porque a empresa parecia mais valiosa para outra empresa.

 

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Band fecha parceria com Warner Bros Discovery para exibição de séries da Max

    Band fecha parceria com Warner Bros Discovery para exibição de séries da Max

    Atração da Band será apresentada por Joana Treptow e primeiro programa a ser exibido é Operação Fronteira Brasil

  • SXSW terá edição em Londres em junho de 2025

    SXSW terá edição em Londres em junho de 2025

    Festival de Austin, no Texas, estreou sua primeira edição internacional no ano passado em Sydney, na Austrália, e agora expande para a capital britânica