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Não há conflito de interesses, diz Canal Rural

A exemplo de outras empresas compradas pelo grupo J&F Investimentos, emissora não passará por mudanças


13 de abril de 2013 - 3h15

O diretor-geral do Canal Rural, Donário de Almeida, revela que a emissora mantém a mesma estrutura, modelo de negócio e linha editorial de antes. Após ser comprada pela J&F Investimentos, empresa proprietária de marcas como a JBS (empresa que atua no ramo de agropecuária), o Canal Rural, que até então pertencia ao Grupo RBS, continua com a programação e estilo de negócio que faz há 16 anos. A explicação foi dada durante o lançamento do projeto “Eu produzo, Eu preservo”, nesta quarta-feira 14.

“Não haverá nenhuma mudança e podemos perceber isso pelos executivos que continuam em seus postos”, comenta Almeida. Segundo ele, ao ser vendido, o Canal Rural reforçou ao acionista que não poderiam haver interferências. “E a exemplos de outras empresas que eles já compraram como Flora Cosméticos, Banco Original e Eldorado Brasil, não teremos mudanças. É característica do grupo não interferir, apenas acreditar no potencial do nosso conhecimento e do que fazemos”, detalha.

Além disso, as marcas pertencentes ao novo acionista serão tratadas como parceiros dentro do canal. Inclusive em planos comerciais. “Vamos vender espaço publicitário, são empresas separadas”, comenta Almeida. Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu 20% por ano, e em 2012 alcançou crescimento de 27%, mesmo percentual registrado por todo o mercado de TV paga no País no mesmo período. 

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Projetos
Marcas e conteúdo andam lado a lado no Canal Rural, isso porque o desenvolvimento de projetos especiais com patrocínio, ou branded content, parecem ser uma fórmula que traz grandes resultados para a emissora e seus anunciantes. O programa “Eu produzo, Eu preservo” é patrocinado pela companhia química FMC. De acordo com Marcelo Orefice, diretor de mercado do canal, a FMC trabalha de forma muito séria com sustentabilidade, por isso atrelar a marca à nova produção foi uma grande vitória.

Cada episódio do programa vai mostrar a história de um produtor que conseguiu conciliar a responsabilidade social, econômica e ecológica ao gerar lucro. A reportagem vai conciliar as histórias de cada personagem com informações adicionais de mercado e negócios para contextualizar os acontecimentos. “Nosso objetivo é ressaltar esses heróis e incentivar a produção sustentável”, complementa Orefice.

Outros exemplos de projetos de branded content do canal são “Soja Brasil”, que teve patrocínio de Mitsubishi Motors, Basf e Monsanto. Para a segunda edição do projeto, Mitsubishi e Basf já renovaram seus contratos. O programa “Na Estrada” chega a quinta edição com patrocínio da Volkswagen. E o programa “Expedições da Produção” também chega a segunda edição com patrocínio da Nissan. 

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