Plataformas reforçam políticas para período eleitoral
Google, Meta e Twitter anunciam parcerias com Tribunal Superior Eleitoral e passam a reforçar conteúdos oficiais relacionados ao período eleitoral
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Conforme as eleições deste ano começam a se desenhar com o afunilamento de candidatos, big techs que detém redes sociais se movimentam para anunciar o que preparam para o período. As iniciativas, que incluem remoção de conteúdo, alavancagem de informações oficiais e canais diretos com o Tribunal Superior Eleitoral, são resultados de aprendizados de eleições de outros países, como a dos Estados Unidos em 2020, e das experiências brasileiras anteriores.
O consenso de todas as novidades das plataformas digitais e sociais é sua parceria com o TSE. O órgão público sediará treinamentos de boas práticas do uso de cada rede com um time especializado da mesma para os partidos políticos. Os canais oficiais do tribunal serão destacados nas plataformas como perfis oficiais para tratar do assunto.
No Facebook e Instagram, o TSE pode ser acionado através de um canal de denúncias criado em parceria com a Meta, que receberá denúncias de usuários em relação a conteúdos que violam as políticas das plataformas. Depois de ser analisada pela Meta, a notificação pode ser encaminhada à instituição.
Plataformas, eleições e regulação
O Twitter, por sua vez, vai identificar os candidatos que concorrem a cargos em votação no período com etiquetas adicionadas ao perfil do candidato de forma obrigatória. A plataforma criará pre-bunks moments, ou seja, uma seleção de publicações de fontes críveis que serão dispostas nas abas Explorar, Tendências e buscas; debunks moments, que visam explicar narrativas falsas que estão circulando; irá oferecer dicas sobre os processos, como tirar, transferir e regularizar o título; e implementará uma seção especial que concentrará conteúdo curado e sobre as eleiçõe. Em parceria com o TSE, a empresa irá notificar o usuário a buscar informações no site do Tribunal Superior Eleitoral quando buscar termos relacionados a eleição.
Haverá um time de curadoria do Twitter dedicado exclusivamente a identificar narrativas enganosas para esclarecimento e há a possibilidade da plataforma remover conteúdo nocivo, diminuir o alcance das publicações e notificar o usuário caso ele vá compartilhar um link sem ler.
O TikTok também criou um perfil oficial do TSE na plataforma que informa sobre o processo eleitoral. O app divulga a página por meio de um banner na página de Descobrir ou quando o usuário buscar conteúdo relacionado ao período eleitoral. O mesmo recurso de etiqueta também é usado, mas para identificar vídeos relacionados ao tema. As hashtags são acompanhadas de uma explicação do TikTok sobre suas diretrizes e demais informações.
A plataforma remove conteúdos enganosos e danosos sobre o processo eleitoral. Agências de checagem de fatos auxiliam na análise dos conteúdos e sua veracidade.Os esforços do Google e YouTube envolvem veto à publicação de conteúdo que alegue supostas fraudes, erros ou problemas técnicos em eleições já realizadas e que tragam informações que possem atrapalhar, confundir ou desestimular a participação de eleitores.
Propaganda eleitoral
O Twitter não permite propaganda política na sua interface. Mas as plataformas que permitem estão aplicando regras mais restritas para o período. O Google tornou obrigatória a verificação de anunciantes com a intenção de fazer anúncios políticos (mensagens com menção a partidos políticos, candidatos ou titulares desses cargos) pelo Google Ads, identificando a pessoa que custeará a peça publicitária.
A empresa de tecnologia não permite campanhas que geram dúvidas entre os partidos, candidatos e até mesmo no público eleitor, como fazer uso de algum evento ou situação que cause comoção pública. A segmentação desses anúncios só poderá ser feita por faixa etária, gênero e localidade.
O TSE ganhou acesso a API da Biblioteca de Anúncios do Facebook para que a instituição acompanhe conteúdos patrocinados, dados, valores pagos e outras informações sobre posts políticos.
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