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E se a sua marca fosse mais rebelde?

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Opinião

E se a sua marca fosse mais rebelde?

Não é coincidência que os negócios que mais marcaram suas categorias foram justamente os que mais ousaram


2 de junho de 2025 - 14h00

Rebeldia não costuma ser uma palavra bonita no mundo corporativo. A gente aprende a seguir o plano, respeitar o manual da marca, usar as palavras certas, aprovar com o jurídico e, principalmente, tomar cuidado com os riscos. Mas e se for justamente o contrário? E se as marcas mais relevantes daqui para frente forem as que tiverem a coragem de ser rebeldes?

Rebeldia de verdade não é sair quebrando tudo sem pensar. Rebeldia é saber que o jogo tem regras — e mesmo assim escolher causar um impacto positivo apesar delas. É fazer o certo quando é muito mais fácil fazer o errado. É ter clareza de que dá para construir marcas incríveis sem precisar repetir fórmulas cansadas ou seguir tendências apenas porque estão no hype. Rebeldia é ir além da construção de marcas: é deixar marcas na vida das pessoas.

Durante anos, ensinamos as marcas a se comportar. A ser neutras. A tentar agradar todo mundo, a nunca errar, nunca exagerar, nunca incomodar. Criamos marcas educadinhas, cuidadosas e absolutamente… esquecíveis. Mas a verdade é que o mundo não precisa de mais marcas que andam em fila. Precisa de marcas que abram caminho.

Marcas rebeldes não querem agradar todo mundo. Querem fazer sentido para alguém. Marcas rebeldes não têm medo de incomodar. Têm medo de passar despercebidas. Marcas rebeldes não se escondem atrás de propósitos genéricos escritos na parede do escritório. Vivem o que acreditam — mesmo que isso custe mais trabalho, mais críticas ou mais tempo.

Não é coincidência que os negócios que mais marcaram suas categorias foram justamente os que mais ousaram. Quando a Apple fez o seu “Think Different”, quando Dove desafiou os padrões de beleza, quando o Duolingo decidiu não investir R$ 1 em tráfego pago, quando a Reserva escolheu dar cinco pratos de comida a cada peça vendida, quando o McDonald’s “virou” Méqui… algo diferente aconteceu na história desses negócios.

Rebeldia, no marketing, é ter coragem de falar o que ninguém mais está dizendo. É lançar uma campanha que fala mais sobre o que você acredita do que sobre o seu produto. É abrir mão de uma oportunidade de venda imediata para não comprometer sua reputação a longo prazo. É não fazer promoção somente porque todos os seus competidores estão rasgando preços. É saber que vai dar mais trabalho, mas, ainda assim, escolher o caminho que constrói valor — e não apenas volume.

Como diz meu amigo Rony Meisler: “Em tempos em que todo mundo quer ser igual a alguém pra imitar o que os algoritmos nos mostram, ser rebelde é ser com força (muita força) aquilo que se é, de verdade.”

Ser rebelde não é ser diferente por vaidade. É ser verdadeiro por convicção. No fundo, rebeldia é autenticidade em alta voltagem. Ser rebelde, hoje, é a forma mais potente de ser relevante. E é assumindo essa rebeldia consciente, ética e ousada, que as marcas vão descobrir que não têm apenas muito a dizer — mas também muito a transformar.

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