Opinião
Não tem briefing. Precisamos conversar
Em breve, não haverá necessidade de um intermediário para que as marcas se comuniquem com seus clientes, levando atuações de agências e veículos a serem questionadas
Em breve, não haverá necessidade de um intermediário para que as marcas se comuniquem com seus clientes, levando atuações de agências e veículos a serem questionadas
Vivemos uma era de possibilidades ricas na publicidade, quase um estado da arte que nos permite entregar a mensagem adequada, customizada e personalizada para o público-alvo na hora certa e onde ele estiver. Sem dispersão e com muita assertividade; uma evolução do CRM.
Esse mundo é regado por palavras e termos, como mídia programática, mesas de performance, algoritmos, Business Intelligence, gestão ágil de projetos, geolocalização, otimização do ROI, Dynamic Data Visualization, performance para vendas de produtos ou serviços, Brand formance e os famosos KPIs (Key Performance Indicator), etc.
De um lado, os anunciantes são cobrados com metas e bônus atrelados à performance, com o mindset digital cada vez mais aplicado à empresa, indo além de campanhas digitais e acompanhando resultados em tempo real, com agilidade nas mudanças, flexibilidade, resiliência e implementando modelos preditivos. A bola da vez é encontrar agências parceiras que não pensem somente em campanhas, mas que repensem modelos de negócios utilizando essas tecnologias e novas formas de relacionamento com o cliente.
Por sua vez, as agências estão se transformando digitalmente — não que estejam priorizando um meio, mas buscando o mindset digital —, montando equipes, estabelecendo fluxos de trabalho, modelando processos inéditos, aplicando inteligência dos dados para estratégias integradas, entendendo que a publicidade deixou de ser arte e se assumiu como arquitetura, sempre à procura da big idea, que se sofisticou com a origem dos dados e ainda tem o poder de mudar culturas e negócios. Há um novo padrão na forma de atuação desses parceiros, não há espaço para romantismo e a arte visa um desempenho superior para os produtos das marcas.
Sem falar que veículos e publishers se atualizaram e implementaram áreas como gestão de projetos, construção de conteúdo digital, Business Intelligence e User Experience. Em todas essas transformações, o mindset digital é a essência, porém nem todos os anunciantes, veículos e agências fizeram esse movimento; ainda é um pensamento que exige muito esforço, investimento, gestão e trabalho.
Em breve, não haverá necessidade de um intermediário para que as marcas se comuniquem com seus clientes, levando atuações de agências e veículos a serem questionadas. Partem na frente os que agem como parceiros de negócios dos anunciantes e não ficam na expectativa do briefing para iniciar um trabalho, afinal sabem o que fazer, quando e como, em um modelo preditivo.
Para as agências, basta olhar na movimentação das contas para entender quem se transformou. Portanto, atualize seu pensamento para trabalhar lado a lado com os clientes, como se fizesse parte de seu time de marketing. Ou você precisa de um briefing para mudar?
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