Assinar

Transparência tem de ser parte do jogo

Buscar

Transparência tem de ser parte do jogo

Buscar
Publicidade
Opinião

Transparência tem de ser parte do jogo

A partir do momento em que se conhece melhor como algo funciona, fica mais fácil gerenciá-lo e tirar benefícios dali


19 de junho de 2019 - 15h46

(Crédito: Fizkes/iStock)

Tudo é novo no marketing digital. E como tudo que é novo, ele tende a passar por um processo de amadurecimento de suas práticas e processos, tornando-se mais claro e transparente para todos os que fazem parte de seu ecossistema. A transparência, aliás, deve ser uma das primeiras resultantes desse processo: a partir do momento em que se conhece melhor como algo funciona, fica mais fácil gerenciá-lo e tirar benefícios dali.

E, no caso do marketing digital, a transparência é um artigo necessário. Ela deve fazer parte do jogo para que clientes e agências possam ter uma relação mais baseada em resultados e menos em percepções. O contexto está mudando, mas ainda é possível encontrar relações baseadas em mágica: o cliente entra com o dinheiro e, de repente, os resultados começam a aparecer nas mais diversas plataformas, sem que se saiba ao certo quanto foi investido em cada uma.

Na prática, em seus estágios iniciais, o mercado criou uma relação de comodidade, já que o cliente podia adotar com sua agência o conceito de one-stop-shop e a agência, por sua vez, se via desobrigada de explicar quando, como e porque sua verba estava sendo investida. Esse é um dos pontos que este processo de amadurecimento do mercado tem mudado.

Mais atentas e com profissionais mais experientes, as empresas que investem em marketing digital já não o fazem mais por modismo, mas por comprovação de resultados. E isso tem passado pela implementação de um novo modelo de relacionamento, onde a agência recebe pela consultoria, criação e estratégia e o cliente assume diretamente os pagamentos de mídia. Com isso, ele sabe exatamente o que foi planejado e qual a relação entre investimento realizado e resultados.

Esse modelo começa a se consolidar no mercado e já é possível encontrar agências que simplesmente se recusam a pagar os boletos do Google ou do Facebook de seus clientes, transferindo 100% dos pagamentos de mídia. Pode ser um exagero, mas o fato é que essa nova postura tem fortalecido muito as áreas de atendimento, que se transformam em um canal fundamental para o fornecimento de informações para o cliente e, também, para sua formação em marketing digital.

Em uma relação mais transparente, essas agências têm demonstrado aos seus clientes que não existe mágica e, mais do que isso, que há estratégias que funcionam e outras que não funcionam. O processo de tentativa e erro continua, mas agora compartilhado com os clientes, que ganham mais controle e compreensão sobre o processo e sobre seus investimentos.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Marketing de influência: estratégia nacional, conexão local

    Tamanho do Brasil e diversidade de costumes, que poucos países têm, impõe às empresas com presença nacional o desafio constante de expandir seu alcance sem perder de vista a conexão com as comunidades

  • O novo eixo na comunicação das marcas

    A base (fraca) do modelo persuasivo está sendo substituída pelo informativo