Pyr Marcondes
26 de fevereiro de 2018 - 4h11
Aqui em Barcelona faz um friozinho gostoso, a cidade, como acontece todo ano há 41 anos, está lotada de gente do todo o mundo, e não há como não andar nas suas ruas sem tropeçar nos participantes do Mobile World Congress 2018 (somos aqui mais de 100 mil).
Toda essa gente, feliz nos bares, restaurantes e ruas agradáveis da cidade, porta, além de um celular de última geração no bolso ou na bolsa, a expectativa de que seus negócios (os nossos também) estão por vias de viver uma hecatombe transformadora, que se avizinha no horizonte como um tsunami que os geólogos da tecnologia móvel já detectaram faz tempo, mas que ainda não se instalou. A diferença aqui é que todos desejariam que ele já tivesse ocorrido e que seus efeitos de avanço, inovação e transformação radical já estivessem igualmente no bolso e bolsa de todos nós, a sociedade.
Igualmente ansiosos estamos nós, participantes do MWC 2018, Creating a Better World, porque o 5G é o pai e a mãe da Internet das Coisas e como bilhões de aparelhos do Planeta – não mais apenas os smartphones, mas tudo que puder ter um chip dentro – estarão conectados, a questão da segurança e do hackging, loooonge de ter sido claramente compreendida e mais loooonge ainda de ter sido mitigada, inquieta corações e mentes de todos. A Internet das Coisas é vulnerável como um bebê na Rocinha e será ela uma das pontes de salvação e evolução de toda uma indústria de telecom, bem como o patamar de mudança da vida conectada do Planeta. Não é uma crise de identidade trivial.
Parte dos temas do congresso vai falar sobre isso e veremos ao final o que o evento nos trará de alívio ou inquietação quando deixarmos a Catalunha.
Em números, o MWC, é grandão. Reune mais de 100 mil participantes de mais de 200 países, sendo mais de 5.000 CEOs. Este ano, são esperados mais de 2.300 expositores e 230 speakers.
Os principais temas em que estão divididas as palestras e apresentações são: o futuro dos serviços da indústria (isso que falei aí acima entra aqui), a evolução da rede (questões mais técnicas ligadas a infraestrutura), tecnologia na sociedade (aqui entramos até em carros conectados e cidades inteligentes), inovação (há salas só tratando desse tema, que obviamente permeia tudo de ponta a ponta), conteúdo e mídia (um tema que nem passava pela porta anos atrás e promete ser protagonista mais e mais porque está nele parte das novas linhas de receita e da própria razão de ser da indústria), a 4ª. Revolução Industrial (já que tudo isso transforma todas as indústrias do mundo em corporações, do chão de fábrica ao escritório, em empresas totalmente conectadas a uma velocidade que nem imaginamos agora qual é) e Inteligência Artificial (outra estrela em ascensão no Congresso nos últimos anos e que também estará em parte relevante dos aparelhos, operações e ações que manipulemos ou façamos em muito breve de 2020 em diante).
O MWC é um congresso que parte da base conectada de dados que trafega pela internet para impactar toda e qualquer ação das nossas vidas. Não há como não vir aqui todos os anos e acompanhar tudo isso bem de perto.
Traremos muita informação para você. Fique ligado (a).