Blog do Pyr
Marcas podem criar sua própria internet. Já pensou nisso?
Num mundo sem cookies e em que cada vez mais os jardins verticais se fecham em torno de si mesmos, vale a pena pensar em construir uma internet própria para chamar de sua
Marcas podem criar sua própria internet. Já pensou nisso?
BuscarMarcas podem criar sua própria internet. Já pensou nisso?
BuscarNum mundo sem cookies e em que cada vez mais os jardins verticais se fecham em torno de si mesmos, vale a pena pensar em construir uma internet própria para chamar de sua
18 de outubro de 2021 - 14h04
A internet nasceu aberta e democrática, mas está transformada em ambientes web cada vez mais circunscritos aos grandes silos dos grandes players do mundo tech. Você está em um e ele não se fala com o outro, logo ali ao lado. Você até pode, como consumidor ou até mesmo como uma marca, ficar saltando de walled garden para walled garden, mas a web aberta se fecha cada vez mais.
Para o marketing das empresas isso não é bom. Porque obviamente cria ambientes comerciais restritos e não necessariamente interligados, sendo que a interconexão é hoje tudo que se almeja e se quer de um mundo cada vez mais omnichannel.
Assim, resta às marcas criar sua própria internet.
Não é nada fácil e custa uma grana. Mas talvez, feitas as contas, valha a pena investir e tentar.
E o que seria essa web proprietária de cada marca? Veja alguns pilares abaixo.
First Party Data – essa internet será totalmente – ou pelo menos prioritariamente – baseada em dados proprietários. Dados que as marcas irão capturar obedecendo as novas regras de compliance das leis de privacidade de dados, mas uma vez construída, seu valor é gigantesco. Porque são dados reais, de pessoas reais e não dados falsos de robôs anabolizando clicks, visualizações e tráfego digitalmente fantasma.
Conteúdos e publishing proprietários – marcas precisam criar conteúdos exclusivamente seus, tornando-se publishers, ou se apropriar de alguma forma de conteúdos existentes, comprando ou se associando com creators e content producers. Isso tem um preço mas a compra de audiência no ambiente dos walled gardens está longe de ser de graça. vantagem é que depois de construídas, essas estruturas tendem a criar comunidades proprietárias das marcas e, em torno delas, o engajamento e a monetização dessas audiências de forma recorrente e totalmente legítima.
Ad Platforms próprias – à medida em que ecossistemas como os descritos acima são criados, marcas, em vez de pagar para comprar audiências, podem ganhar dinheiro vendendo as suas.
Redes sociais dos outros, mas próprias – esse caminho é conhecido, são os owned channels, que as marcas podem construir no ambiente das mídias sociais, interligadas com as grandes techs, mas de forma autônoma e proprietária.
Não é nada fácil construir uma internet proprietária. Mas num mundo sem cookies e em que cada vez mais os jardins verticais se fecham em torno de si mesmos, vale a pena pensar em construir uma internet própria para chamar de sua.
Veja também
IAB cria regras para in-game ads e isso muda completamente o jogo
A expectativa é que o aumento da transparência deverá estimular ainda mais anunciantes a apostarem fichas no mundo dos games
Propaganda anaboliza economia nos EUA e segue sendo indústria da prosperidade
Na ótica macroeconômica, por outro lado, ela é bem mais poderosa e impactante do que normalmente se imagina