Pyr Marcondes
1 de novembro de 2017 - 9h32
O fax era bem legal. Você enfiava um documento numa máquina com cara de telefone aqui, e uma cópia idêntica saia em uma outra máquina acolá, instalada bem longe da original. Um avanço e tanto.
O fax morreu com a internet.
A discussão que tramita no Congresso e no Executivo, e de resto em todo o mundo, sobre permitir ou não os apps de mobilidade urbana, não discute em verdade uma regulamentação para o uso e funcionamento do serviço, mas se devemos ou não enterrar algo que já morreu. Se a internet pode ou não matar o fax.
Os apps de mobilidade urbana já mataram os taxis. Assim como os sistemas de car sharing vão acabar com o conceito de propriedade dos automóveis. Bem como os carros sem motoristas extinguirão todos nós, motoristas, em menos de 10 anos.
É certo e inevitável que a cada um desses avanços, a turma do fax se rebele. Nos congressos, nas ruas, em todas as sociedades do mundo.
Mas vai ser esse mesmo mundo que vai atropelar sempre quem crê que o futuro deve ser um eterno fax do passado.