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Desafios com a nova dinâmica dos negócios digitais

Segundo estudo, menos de 20% das líderes empresariais possuem progresso em áreas consideradas estratégicas para o sucesso dessa transformação

e Mauricio Cataneo
4 de maio de 2016 - 17h20

Digital-Marketing-Trends.jpgOs principais líderes em todo o mundo entendem a importância de adotar um modelo digital para alcançar resultados de negócios. A grande questão é que muitos ainda estão na jornada em busca pelas melhores maneiras de assimilar novas tecnologias e fomentar a inovação. Em um cenário que se transforma constantemente, o processo decisório deve estar baseado em estratégias adotadas pelas organizações com o objetivo de enfrentar os desafios que o mercado impõe, sejam eles quais forem.

O modelo digital de negócios representa a convergência de tecnologias sociais, nuvem, mobilidade, análise de dados e segurança cibernética para que as companhias possam conduzir novas iniciativas, assim como engajar, habilitar e apoiar uma nova geração de consumidores que já nasceram na era digital, e que são ou serão os futuros líderes das organizações em que atuamos. Além disso, a infraestrutura de TI que possibilita a transformação digital de negócios deve ser flexível, escalável e sob demanda.

Uma recente pesquisa encomendada pela Unisys nos EUA e na Europa, sobre iniciativas para a migração de negócios convencionais para um modelo digital, indica que menos de 20% dos participantes relataram possuir algum progresso em áreas consideradas estratégicas para o sucesso dessa transformação. Além disso, 54% avaliam o avanço das organizações nesse sentido como “na média ou abaixo das expectativas dos usuários internos” (32% e 22%, respectivamente).

O estudo indica que a migração para um modelo digital de negócios é a chave para elevar os níveis de serviços oferecidos para as demandas internas e externas: 55% apontam esse aspecto como o principal desafio para 2016, uma vez que trata-se de uma exigência de funcionários e clientes, os quais são cada vez mais conhecedores de tecnologia. Além disso, 65% dos entrevistados consideram fundamental que suas organizações modifiquem tecnologia, processos ou recursos de TI nos próximos 12 meses, para implementar iniciativas digitais, com foco em cinco segmentos: aplicações móveis, computação em nuvem, mídias sociais, análise de dados e segurança cibernética. No entanto, menos de 20% deles relataram progresso significativo em alguma dessas áreas prioritárias para a implementação de negócios digitais.

Empresas que tiveram iniciativas disruptivas como Uber, Airbnb e Netflix obtiveram êxito com a geração de demanda por serviços focados em um modelo digital e que, até então, sequer existia no mercado. A economia convencional focava em custos, com uma lógica definida pela razão: preço = custo + lucro. No passado, a geração de valor era atingida por meio de ativos tangíveis e que estavam presentes apenas na produção e oferta de produtos e serviços.

Agora, não é mais a oferta que cria a demanda, e sim a demanda que leva à criação de uma oferta para tal. Trata-se de um admirável mundo novo, no qual o serviço ou produto precisa ser entregue de uma maneira que o consumidor quer e que lhe faça sentido. Os negócios de hoje são orientados ao cliente e, desta forma, a criação de valor ocorre também com ativos intangíveis, como a capacidade das organizações de ter uma leitura correta de cenário e antever os anseios e as novas necessidades de uma sociedade hiperconectada.

Presenciamos uma fase de transformações no hábito de compra não apenas dos consumidores, mas também das empresas. A marca passou a ser um ativo cada vez mais importante em uma época na qual confiança e transparência são valores que passaram a ter um significado ainda maior, seja para seguir competitivas ou para garantir sua perenidade no mercado. Pesquisas indicam que 85% dos consumidores aceitam pagar mais por produtos ou serviços vendidos por uma empresa que tem reputação superior. Além de vender mais, essas organizações conseguem reduzir custos na obtenção de empréstimos com juros mais baixos.

Acredito que os atuais líderes empresariais devem manter em suas agendas de trabalho a criação de estratégias focadas em movimentos disruptivos para que possam surpreender seus clientes pelo ineditismo e, assim, estar um passo à frente na nova dinâmica dos negócios digitais.

(*) Mauricio Cataneo é presidente da Unisys Brasil e vice-presidente de finanças para América Latina

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