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O que aprender com o MWC. Por Bruno Feola

O mercado brasileiro precisa ser menos espectador e mais atuante em eventos globais de marketing mobile, como o congresso de Barcelona


11 de março de 2014 - 12h44

POR BRUNO FEOLA
Diretor de mídia online da We

Esta não será mais uma matéria falando sobre as declarações do Zuckberg na abertura do congresso, ou de como os “wearables” podem mudar a acessibilidade do mundo, tampouco sobre os modelos smartphone baratos lançados pela Mozila e Hawei que prometem aumentar a cobertura em países emergentes. A análise que pretendo expor a vocês não é sobre o que temos que ver em um evento como este, mas sim sobre o que podemos aprender e aplicar em nosso mercado.

O primeiro ponto que destaco e também mais me chamou a atenção é que ao menos 30 países possuíam um local para exibir suas tecnologias e produtos dos mais diversos possíveis, que iam desde sistemas BIG DATA a uma empresa que customizava capas de celular. Essas “embaixadas” contribuem para que diversos empreendedores de sua região estejam presentes em um evento deste porte e prospectem/adquiram novos clientes aumentando e desenvolvendo o potencial do mercado Mobile em seu respectivo país. O evento acabou, veio o carnaval, voltei ao trabalho e ainda não consigo entender por que um país tão relevante em número de dispositivos como o Brasil não tinha um desses stands.

Como o preço para ser um expositor é extremamente alto, ficamos limitados aproximadamente cinco empresas, chegando ao ponto de empreendedores do país de menor porte ter que exibir seus serviços em stand de outros países, como o caso de um amigo meu, que precisou a recorrer a Israel. Ressalto que países como Filipinas, Nigéria e Andorra tinham seus espaços, mas o mercado brasileiro como um todo mais uma vez perdeu uma oportunidade de se mostrar e trocar experiências.

Falando em oportunidade, um dos pavilhões era praticamente todo voltado para o mercado de marketing com, Analytics para app store, algo pouco usado no país, redes mobile e principalmente serviços focados em Geolocal Ads e as já famosas DSPs. O ambiente era excelente para conhecer novas expertises e também trocar uma idéia sobre “best pratices” que estão ocorrendo lá fora, uma vez que ainda grande parte do nosso inventário (e não falo apenas de mobile) é vendido via CPM, ou ficamos refém do Google, que vem deixando o clique mobile cada vez mais caro.

Que em 2015 tenhamos uma presença maior do nosso mercado em Barcelona, e que passemos a estar antenados no que vem acontecendo no mercado de marketing mobile, deixando de ser apenas um expectador das palestras e novidades das fabricantes. 

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