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A comida do futuro poderá ser impressa em três dimensões

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A comida do futuro poderá ser impressa em três dimensões

Impressora Chef Jet Pro produz balas, colares de chocolate e adornos comestíveis para bolos de noiva.


20 de março de 2014 - 8h34

Imprimir comida pode soar estranho, mas não para Kyle von Hasseln, que apresentou na semana passada em Austin, uma impressora 3D que produz balas, colares de chocolate e adornos comestíveis para bolos de noiva. Chef Jet e sua versão mais sofisticada Chef Jet Pro estarão disponíveis no mercado no final deste ano, segundo explicou em entrevista à Agência Efe Von Hasseln, que mostrou o protótipo no festival multidisciplinar de tecnologia, música e cinema South by Southwest (SXSW) realizado em Austin.

“Este é nosso protótipo”, explicou Von Hasseln, diretor criativo da empresa 3D Systems, junto à impressora 3D instalada no interior de uma caminhonete preta nas imediações do Centro de Convenções de Austin.

A máquina será comercializada por entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, dependendo da quantidade de cores em que se possa imprimir.

“Utilizamos este protótipo na Sugar Lab, uma confeitaria de Los Angeles onde fazemos todos os tipos de confeitos divertidos, inclusive chocolates e balas”, explicou o arquiteto, que cursou também estudos de biologia.

A poucos metros do caminhão expositor, uma pequena mesa contém balas muticoloridas de figuras geométricas fabricadas a base de açúcar e água.

O processo para imprimir os doces começa com a elaboração por computador de um modelo tridimensional do objeto que se quer imprimir.

Um programa informático divide esse modelo em camadas, que servem de padrões para a impressora, começando com a camada inferior. A máquina distribui uma camada fina de açúcar que é polvilhada com água.

Esse processo é repetido várias milhares de vezes até que sejam completadas todas as camadas e se obtenha uma réplica real de açúcar lustrado do modelo desenhado por computador. “Para que o povo possa entendê-lo, colocamos como exemplo do que ocorre quando se acrescenta água ao açúcar e deixa a mistura em um recipiente toda a noite”, assinalou Von Hasseln.

“O que se encontra de manhã é uma espécie de rocha dura, açúcar cristalizado que é muito difícil de limpar e esse é basicamente o processo que utilizamos para imprimir balas”, acrescentou o empresário, que indicou que o jato de água da impressão permite também acrescentar cor e sabor.

O empreendedor acredita que, em geral, a vantagem da impressão 3D é que permite fazer objetos muito personalizados com uma geometria que seria quase impossível de fazer à mão.

“Nós podemos, por exemplo, imprimir em três dimensões um colar de chocolate e conseguir que cada uma das conexões no colar seja flexível”, explicou.

Com informações da EFE

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