Alibaba também produzirá conteúdo on demand

12 de janeiro de 2015 - 3h52

Por Sérgio Damasceno

O Alibaba Group (faturamento de US$ 250 bilhões em 2013) é o mais novo player no já concorrido mercado de produções on demand com distribuição pela internet. O grupo que controla um dos maiores portais de e-commerce mundial anunciou que, por meio do Alibaba Pictures Group (e-Chinavision Media Group, adquirido pelo Alibaba), produzirá um filme a ser dirigido pelo cineasta de Hong Kong Wong Kar-wai (que dirigiu, entre outros títulos, Felizes Juntos, Amor à Flor da Pele, 2046 – Os Segredos do Amor, Um Beijo Roubado e O Grande Mestre). Com isso, o Alibaba espelha o que o seu concorrente americano (e global) já fez: a Amazon estreou sua primeira produção original, a série Transparent, que, inclusive, acaba de ganhar o Globo de Ouro.

O filme Bai Du Ren (O Barqueiro, em tradução livre) será distribuído através de redes existentes criadas por plataformas online Alibaba, inclusive os sites de compras Taobao e Tmall.com. O Alibaba pode usar os sites para anunciar os filmes e trabalhar com os anunciantes para criar e promover produtos licenciados. Além disso, a plataforma de pagamentos móveis da Alibaba será levada para o serviço para facilitar a venda de ingressos on-line.

Segundo o diretor executivo Zhang Qiang, do Alibaba Pictures Group, a empresa aproveitará a computação em nuvem do Grupo Alibaba e tecnologias de big data para ajudar a demanda dos clientes e criar um ecossistema global para a produção de cinema e televisão e marketing empresarial.

China

A China é o segundo maior mercado de cinema do mundo, atrás apenas dos EUA. As receitas de bilheteria cresceram 36% no ano passado, para US $ 4,8 bilhões. O Alibaba está ansioso para entrar na indústria do entretenimento na China. Além da aquisição da Chinavision, o grupo também assumiu o controle do serviço de streaming de música Xiami e uma participação de 50% na liderança time de futebol chinês Guangzhou Evergrande. O empreendimento do Alibaba tem, pelo menos, uma vantagem em relação à concorrência: suas produções, no mínimo, serão entregues para os milhões de consumidores que já utilizam seus sites de comércio eletrônico.