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Anunciantes ainda não valorizam games

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Anunciantes ainda não valorizam games

Painel debate crescimento da audiência e como as marcas podem inserir publicidade na plataforma na 10ª edição do ProXXIma


9 de maio de 2016 - 17h47

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In Games Advertising: anunciantes ainda não aproveitam alcance dos games (Eugênio Goulart)

Atualmente, mais de 60 milhões jogam algum tipo de game no Brasil. A plataforma, que deixou de ser segmentada, mas continua mantendo uma audiência engajada, é uma oportunidade para os anunciantes explorarem. Mas de que maneira as marcas podem participar sem atrapalhar? Esta foi a discussão central do painel “In Games Advertising, um jogo de bilhões que nosso mercado ainda precisa descobrir”, que aconteceu no ProXXIma, nesta segunda-feira, 09.

“É o esporte que mais cresce na Terra, maior que NBA e Fórmula 1, e é o principal consumo de diversas plataformas”, diz Mitikazu Lisboa, sócio e CEO da Hive Digital Media. “Isso não vai mudar e vai ficar ainda maior”, completa. Explorar essa audiência de uma forma positiva deve ser uma preocupação. A Mars e a Entertainment Arts Media Solutions (EA) são parceiras há cinco anos. A marca de chocolates Snickers passou a fazer parte do jogo Madden NFL15 para alcançar seu público e ativar o patrocínio à competição. O game, nos Estados Unidos, tem engajamento elevado com transmissões ao vivo e vídeos, uma das prioridades da companhia.

Durante os jogos, as inserções são rápidas, divertidas e recompensam o usuário no próprio jogo. “Tão importante do que o lugar é o que dizer, a hora de colocar a marca. Precisamos ter certeza de que a publicidade que compramos está sendo assistida, observada, lembrada e entendida”, disse Amanda Zaky, head of digital da Mars Chocolate. Para se manter adequada, há constantes estudos para entender o formato e as escolhas de inserções nos games para saber se estão atrapalhando ou não a experiência dos usuários.

São muitas possibilidades para as marcas participarem, destacou Sterling Wharton, COO da EA. “Temos vários títulos para crianças, jogos que representam grandes ligas dos EUA, como futebol americano, hóquei, basquete. É encontrar o que faz sentido”, comenta o executivo da fabricante de games. A participação nos games pode ser feita por meio de campanhas customizadas, processo que leva em média seis meses de planejamento, ou a publicação de vídeos, que pode ser feita em dez dias.

Sterling acredita, que, além do mobile, a transmissão ao vivo das competições de games crescerá em poucos anos. “O que vamos ver nesse mercado, da América Latina, Europa e em outros lugares, são grandes eventos transmitidos em vários canais”, fala. Mitikazu, da Hive, concorda: “Quem assiste a isso é a nova geração de consumo de mídia”, explica.

O CEO da Hive também ressaltou que o valor para anunciar em games não é tão alto quanto em outros meios, como TV, por exemplo. “É um terreno fértil e barato porque não há muitas marcas ainda. Há uma cultura movimentando gente e dinheiro. E as marcas não estão aproveitando”, diz.

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