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Apple pode lançar dispositivo wearable junto com o iPhone
Segundo especulações, marca pretende lançar produto focado em fitness e saúde durante o evento de Cupertino, que acontece em 9 de setembro
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ProXXIma
29 de agosto de 2014 - 10h20
Do Advertising Age (*)
A Apple não quis comentar um convite por e-mail que dizia: “Gostaríamos de contar mais”. Agora, a empresa de Cupertino, na Califórnia, tentará repetir o feito com dispositivos wearables na categoria de fitness e saúde. Em 9 de setembro, data em que apresentará os novos iPhones, a marca também deverá apresentar um produto nessa linha, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.
Embora empresas como Fitbit e Jawbone tenham demonstrado algum progresso com a tecnologia wearable, as vendas globais dos rastreadores de atividade atingiram apenas 13,6 milhões de unidades no ano passado, segundo a Parks Associates. Esse é praticamente o número de iPhones que a Apple vende por mês, o que dá espaço ao CEO Tim Cook para expandir o mercado.
O novo device também mostrará um sinal mais claro de até onde a empresa vai sem Steve Jobs no comando. Cook, que assumiu o cargo há quase três anos, foi pressionado a mostrar que a empresa continuará a oferecer produtos inovadores.
“Sua notoriedade para os próximos anos será decidida nos próximos quatro meses”, disse Gene Munster, analista da Piper Jaffray Cos., que tem uma parcela de ações da Apple.
Apenas um acessório?
A Apple impulsionará esse novo acessório emparelhando sua estreia com seu principal produto, o iPhone. A empresa também pode estar tentando administrar as expectativas para o wearable, sinalizando que é mais do que um acessório em vez de uma categoria que se destaca por si só. Por outro lado, quando o iPad foi lançado em 2010, a Apple realizou um evento especial apenas para o tablet.
A novidade pode demorara causar um grande impacto no balanço da Apple. Katy Huberty, analista do Morgan Stanley, disse em julho que a fabricante pode vender de 30 a 60 milhões de unidades a um preço médio de US$ 300, gerando pelo menos US$ 9 bilhões em vendas adicionais.
Isso poderia ter sido um grande salto para a empresa ao lançar o iPhone em 2007, quando a receita anual era de US$ 24,6 bilhões. Agora, analistas preveem vendas de US$ 180,2 bilhões para o atual ano fiscal, que termina no próximo mês. A Apple se tornou grande demais para que um novo produto como este tenha impacto financeiro significativo e imediato.
Ainda assim, para quem acompanha seus movimentos, a decisão de lançar o produto no Flint Center for the Performing Arts, perto de sua sede, é um sinal de que a empresa encara isso como marco importante.
O local é o mesmo onde Jobs apresentou o Macintosh em 1984 e, em seguida, o iMac colorido, que estimulou o renascimento da empresa no final de 1990, algo que perdura até hoje.
* Com informações do Bloomberg News
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