Brasil é estratégico na expansão internacional da iProspect

22 de maio de 2014 - 7h09

POR PYR MARCONDES
Foto: Mario Henrique

iProspect é a rede mundial do Grupo DAN (Dentsu Aegis Network) focada prioritariamente em performance. Seu conceito não deixa margem a dúvidas: Driving Digital Performance. Presente em 40 países, é de vital importância estratégica para a operação do conglomerado no ambiente digital.

E foi exatamente com a missão de otimizar a performance dos negócios da empresa no Brasil, que esteve no País Misty Locke, presidente Américas e global CMO & chief client office. “O Brasil é nada menos do que enormemente relevante na estratégia de crescimento da iProscpect internacionalmente”, definiu ela em entrevista à ProXXIma.

A operação é comandada no País por Fabio Rowinsky e tem no seu cardápio disciplinas como Display Media, Search, SEO, Content Marketing, Analyitcs & Insights, BI & Market Research, Conversion Optmization, Social Monitoring e Data Feeds. Muito parecido com o que a rede oferece mundo afora.

Em números, a iProspect Brasil conta com 60 funcionários, representa 3% da receita global da companhia (“Mas deve crescer muito rapidamente”, revela ela), tem apresentado taxa de crescimento anual de 18% e um índice de retenção de clientes (rotatividade) de 90%.

Além disso, a receita apresenta o seguinte break down: 77% vêm de clientes locais, 10% de clientes regionais e 13% de clientes globais.

“O Brasil para nós oferece oportunidades tanto na expansão de clientes locais, como no atendimento a clientes internacionais que necessitem dos serviços de performance com excelência que oferecemos em outras partes do mundo”, explica a executiva.

Crescimento orgânico e via M&As
Empresas em geral quando chegam a qualquer mercado em que busquem expansão têm duas formas básicas de crescer: organicamente (com seus próprios clientes ou, como no caso da iProspect, também através de clientes do ecossistema DAN no Brasil) ou via compras e aquisições.

“Vamos crescer dos dois jeitos”, adianta ela. Acrescenta que fará também parcerias estratégicas em várias áreas, buscando otimizar a operação.

Sabe que o País é ainda um iniciante no mundo do programmatic buying e da performance, mas garante que a iProspect cumprirá sua cota no papel de educação do mercado, sejam publishers ou anunciantes.

“Nossa busca é pela otimização do ROI e aumento da eficiência de custos na cadeia”, detalha. Isso em cada uma das disciplinas que se propõem a atuar.

Ao ser perguntada sobre a situação especial da TV no mercado de mídia no Brasil, Misty Locke não se abala: “Temos o quadro completo dessa situação e entendemos que o Brasil nos oferece inúmeras oportunidades adicionais de crescimento e exploração de novos negócios”. Além disso, adianta, projeta que haverá uma evolução natural do mercado nos próximos anos, em que anunciantes perceberão o valor agregado representado pelas operações de performance e que a partir dessa percepção, será natural que mesmo a TV possa ser incluída no cardápio de programmatic no Brasil.

Sobre as outras empresas que já estão chegando e as que ainda deverão chegar com propostas na mesma linha de negócios que os da iProspect, a Presidente é igualmente serena: “Competição é bom para o mercado. Será através dela que os negócios em nosso setor deverão se consolidar no Brasil”.

Muito possivelmente, sua opinião atingirá um índice de 100% de acerto.