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Cannes: os espermatozóides dançantes da Party
Agência japonesa alia criatividade e tecnologia para inovar na forma de fazer publicidade
Cannes: os espermatozóides dançantes da Party
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19 de junho de 2013 - 6h52
A japonesa Party já adota na prática o que para muitas agências é discurso. Ela não enxerga o seu trabalho como publicidade, mas sim como um algo que combine a arte de contar boas histórias com a tecnologia. Os sócios Masashi Kawamura e Qanta Shimizu apresentaram trabalhos e destilaram frases que resumem a sua maneira de atuar.
A principal delas talvez seja “a tecnologia certa para dar vida à ideia certa”, que resume a atuação da agência. A Party não busca desenvolver traquitanas que possam, um dia, ser aplicadas à publicidade. Ela une os dois lados. Profissionais de tecnologia e criação, apesar de formações acadêmicas totalmente distintas, estão lado a lado e fazendo acontecer.
O posicionamento fica claro na prática. O que uma agência faria para atrair as atenções de jovens para um programa de televisão chamado “Music saves tomorrow” (“Música salva o amanhã”)? Criar uma dança dos espermatozoides, é claro. Ao menos, na lógica criativa e tecnológica dos japoneses que arrancaram aplausos e gargalhadas no Palais des Festivals.
Com um microscópio biológico, a agência teve a brilhante ideia de usar espermatozoides do time de criação – colhidos sabe-se lá como. Seus movimentos foram captados para se criar uma animação realista. As pessoas podem escolher suas músicas favoritas pelo Vimeo e estabelecer a reação e dança dos espermatozoides.
Com cases como este, a agência defende a ideia de que os clientes devem arriscar uma parte de suas verbas para a inovação. “Precisamos buscar novas formas de fazer as coisas”, resume Shimizu. “Podemos aprender muito com as imagens dos homens das cavernas em termos de novas visões para criar. Não me refiro ao fato de serem coisas impressas na parede, mas sim na forma de se descobrir novas ferramentas para criar coisas. E também não é só sobre a ferramenta criada, mas sim pela nova forma de dar vazão ao pensamento das pessoas”, afirma.
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