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CES 2018 encerra com gostinho de quero mais

A tendência deste ano foi integração dos gadgets em soluções expondo experiências e não produtos somente. Os drones passaram de acessórios de diversão para criadores de arte e carregadores de pessoas. Devices que monitoram saúde e oferecem soluções para câncer e Parkinson foram apresentados e frotas automáticas para resolver situações de logística e armazenamento se tornaram de conhecimento público.


15 de janeiro de 2018 - 7h58

Por Natasha de Caiado Castro (*)


A maior feira de inovação, que durou 3 dias e levou à Las Vegas os maiores players disruptivos do globo, encerrou deixando no ar ansiedade. Muitos projetos conceituais aguardando a chagada do 5G para revolucionarem o universo analógico. A captação, tratamento e análise de dados para Machine Learning (ainda em fase inicial) devem alimentar o ecossistema nos próximos anos e acelerar uma assustadora mudança.

Entre palestras e exposições, a cidade é dominada pela feira, que é dividida em 3 áreas. O Tech East e seu centro de Exposições é palco para hardwares voltados para automóveis, realidade virtual, inteligência artificial, drones e gaming enquanto o Tech West, situado no Centro de Convenções e hotéis da Strip traz as novidades de soluções de software para cidades, casas, escritórios inteligentes e os produtos premiados no Innovation Award, promovido pela Consumer Technology Association. A mais nova área está focada em publicidade e entretenimento em um espaço de palestras e networking para marcas, tecnologia e mídia, localizada no hotel Aria, um dos mais novos da cidade.

Várias conferências paralelas se espalharam por Vegas abordando saúde, IOT, mobilidade, Hollywood digital, varejo internacional, esportes, governo entre outros e as novas áreas criadas em 2018 são dedicadas a design de embalagens, esportes, saúde do sono e de crianças.

A tendência deste ano foi integração dos gadgets em soluções expondo experiências e não produtos somente. Alianças entre Grandes como Samsung, Intel, Volvo, Toyota, Bosch, Google, Amazon, L’Oréal e startups pequenas e/ou aceleradas trouxeram espelhos mágicos que analisam e corrigem pele e cabelo. Os drones passaram de acessórios de diversão para criadores de arte e carregadores de pessoas. Devices que monitoram saúde e oferecem soluções para câncer e Parkinson foram apresentados e frotas automáticas para resolver situações de logística e armazenamento se tornaram de conhecimento público. Roupas inteligentes que geram dados de biometria e “conversam” com maquinas de lavar, secar e dobrar também fizeram a sensação na feira.

Na área de marketing o vídeo foi bastante abordado. Qualidade de captação e exposição tanto em estúdios de Los Angeles quanto em Gaming. O varejo com ajuda da Realidade Virtual modifica hábitos de consumo por empresas como Ikea, onde pelo celular já se pode “ensaiar” a troca de móveis ou cores de parede, ou empresas de moda com sobreposição de roupas e maquiagens em selfies no melhor estilo “As patricinhas de Beverly Hills”.

Alguns lançamentos engraçados e premiados desviaram atenção de assuntos mais sérios como privadas inteligentes que abrem e fecham sozinhas, airbag para motoqueiros, saunas móveis, robôs pet para companhia, capacetes que aceleram ondas cerebrais, motos elétricas portáteis com capacidade de 80km por hora  com a possibilidade de serem despachadas em companhias aéreas e muito mais.

Uma das soluções que passaram desapercebidas no meio de todo o glamour dos grandes lançamentos e acredito que trará grande revolução em comunicação é a integração de vários players trabalhando na integração de empresas globais. Google translate modifica o algoritmo e passa a contextualizar as traduções, fones de ouvido fazem tradução simultânea sem necessidade de um ser humano e softwares com tutoriais sobre diferenças culturais diminuem a distância entre países.

Investidores e curiosos conseguem, utilizando as ferramentas lançadas no evento, descobrir tendências, adquirir softwares, desenvolver protótipos com as próprias maquinas 3D expostas, definir embalagem, achar soluções criativas de distribuição com Amazon e Google e até criar campanhas publicitárias e compra de mídia com Spotify, Turner e Facebook.

No mundo exponencial em que vivemos somos os arquitetos do futuro então o que acontece em Vegas não precisa necessariamente ficar em Vegas.

CES, até 2019!

(*) De brinde, assista ao vídeo de lançamento do Volocopter, com tecnologia Intel, um drone para ser usado como taxi. Clique aqui.

(*) Natasha de Caiado Castro é sócia-fundadora e CEO da Wish

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