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Como fazer uso eficiente do vídeo no mundo digital
Agências e anunciantes discutem os desafios de quebrar o vício dos trinta segundos e produzir conteúdo adequado a cada tipo de mídia
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Luiz Gustavo Pacete
9 de maio de 2016 - 17h31
As marcas estão sabendo fazer uso eficiente dos vídeos nas redes digitais ou estão replicando o modelo de trinta segundos da TV? Essa pergunta permeou o painel da tarde do ProXXIma 2016 que reuniu agências, anunciantes e produtores de conteúdo para discutir a forma como o mercado faz uso dos vídeos.
“Existe certa preguiça das marcas que replicam seu conteúdo de TV nas redes. Isso não funciona. Precisamos aprender a desenvolver um conteúdo em vídeo apropriado a cada plataforma”, disse Daniela Cachich, vice presidente de marketing da Heineken Brasil. Na visão da executiva, o ambiente digital requer um planejamento próprio e não uma réplica de modelos. “Acho muito interessante quando uma estratégia nasce pensada para o mundo digital por que ela não se prende a formatos tradicionais”, destacou Daniela.
Para André Barros, sócio e CEO da Network, já é possível fazer conteúdo em vídeo de forma profissionalizada e bem estruturada. “Ficou uma imagem no mercado de um grupo de garotos que começou a desenvolver vídeos sem nenhum planejamento. Mas hoje isso é diferente, o mercado possui empresas sérias, preparadas com vários investidores por trás e prontas para prestar um bom serviço de planejamento”, disse Barros.
“Vai muito além do que não repetir o filme de trinta segundos, estamos falando de diferentes plataformas como Facebook, YouTube. O trabalho ficou complexo, mas como essa conta fecha? De que maneira produzir? Existe uma zona cinzenta que precisa de melhores definições”, diz Eco Moliterno, vice-presidente de criação da Africa. O criativo ressalta é que necessário desenhar em conjunto um novo formato para atender essa nova demanda.
Branded Content que faça sentido
Sobre o atual frisson em torno do termo branded content, Daniela Cachich destaca que de nada adianta produzir conteúdo se a marca não sabe o que quer contar. “A grande chave aqui é o tipo de história que você quer contar. Pessoas não querem se relacionar com logomarcas, elas querem relação com marcas que tenham uma história para contar”, ressaltou. Para Daniela, muitas marcas estão fazendo branded content por fazer. “Vejo muitas empresas se sentindo pressionadas sem ter um propósito específico ou uma história para contar. Elas não devem se sentir obrigadas a fazer, mas devem refletir sobre fazer branded contente da melhor forma possível.”
O grande desafio do branded content é que as marcas passam a lidar com um conteúdo que está menos suscetível ao controle típico das peças publicitárias. “Uma mensagem genuína e uma marca com um propósito específico certamente correrá menos riscos na hora de produzir conteúdo”, disse Eco Moliterno. André Barros citou como exemplos as lives, transmissões ao vivo em canais digitais e o nível de autenticidade e relevância que tal tipo de conteúdo demanda. “O nível de planejamento neste tipo de ação determina o sucesso de uma live ou não tendo em vista a quantidade de riscos envolvidos”, diz Barros.
Nem tudo é vídeo
Apesar da discussão sobre o uso eficiente do vídeo, ficou clara a necessidade de se encontrar ferramentas de apoio ao vídeo. “O vídeo não pode ser utilizado de forma isolada, ele demanda o apoio e suporte de outras formas de impacto que precisam ser consideradas”, diz Moliterno.
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