Notícias
Conselho para as marcas: não ajam como marcas
Nick Law, vice-chairman da R/GA, conta como a combinação da racionalidade tecnológica e criatividade compõem a essência de trabalho de uma das agências mais inovadoras do mundo
Conselho para as marcas: não ajam como marcas
BuscarConselho para as marcas: não ajam como marcas
BuscarNick Law, vice-chairman da R/GA, conta como a combinação da racionalidade tecnológica e criatividade compõem a essência de trabalho de uma das agências mais inovadoras do mundo
Bárbara Sacchitiello
10 de maio de 2016 - 12h19
Assim como o cérebro humano, cujos lados são dotados de habilidades diferentes (sendo um deles mais direcionado ao racional e ao prático enquanto o outro trabalha de maneira mais livre e criativa) a R/GA construiu uma arquitetura de trabalho que a coloca, há anos, no topo da lista das agências mais inovadores a criativas do mundo de acordo com o Advertising Age e outras publicações internacionais.
A comparação foi feita por Nick Law, que recentemente foi promovido ao posto de vice-chairman da R/GA e que compartilhou um pouco da filosofia de trabalho de sua agência na manhã do segundo dia do ProXXIma, promovido pelo Grupo Meio & Mensagem.
Há 15 anos na R/GA, Law esteve presente em vários momentos nos quais o fundador da rede, Bob Greengerg, sentiu a necessidade de mudar o foco da atuação para acompanhar a evolução da indústria da comunicação. A mais recente dessa transformações vem acontecendo há dois anos, segundo Nick Law, quando a R/GA decidiu deixar para trás o titulo de boutique de inovação para uma agência de comunicação que, através de tecnologia e inovação, atua como uma consultoria para os negócios dos consumidores.
“O Bob sempre teve boa percepção e viu que deveríamos dar mais um passo em toda a estrutura digital que havíamos construído. Hoje, o que caracteriza o trabalho da R/GA é a maneira diferente de pensar. Combinamos um pensamento sistemático com criatividade não apenas unindo os talentos dotados dessas duas competências, mas proporcionado uma profunda integração entre as duas áreas, exatamente como funciona o cérebro humano”, explica.
Ao apresentar alguns dos cases mais bem sucedidos feitos pela agência, Law citou aquilo que ele e sua equipe acreditam que seja fundamental para garantir o sucesso de uma marca no atual cenário da comunicação. “Tentem não fazer coisas que pareçam com publicidade e nem agir como marcas. Em nossa era, as pessoas se interessam por histórias de pessoas.O público se interessa por uma marca quando ela diz algo que ele gostaria de poder dizer”, declarou.
Sob essa filosofia, a R/GA vem tentando, segundo ele, construir histórias que tenham aderência ao público-alvo de seus clientes, sempre embasadas em uma estrutura de tecnologia e inovação. O design de produto, segundo ele, é um dos pilares fundamentais da agência e foi com esse pensamento que a R/GA criou cases inovadores, como a Nike Fuelband, por exemplo.
Esse híbrido de tecnologia e criatividade só é possível, segundo o vice-chairman, quando a indústria da comunicação consegue reavaliar e transformar sua própria razão de ser. “Existe uma grande confusão entre os conceitos de princípios e práticas. Princípios não mudam. São eles que formam nossa essência e nos tornam humanos. Mas as práticas mudam a todo momento. Acontece que muitas agências tradicionais pensam que as práticas antigas são seus princípios”, critica Law.
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores