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Direto do SXSW 2014, em Austin: começa nesta sexta-feira o festival do caos
Com crescente importância internacional, festival realizado em Austin começa nesta sexta-feira alinhado à vida fora dele: uma zona de fazer doido
Direto do SXSW 2014, em Austin: começa nesta sexta-feira o festival do caos
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7 de março de 2014 - 7h20
POR PYR MARCONDES
De Austin
Todo ano, os mais que competentes organizadores do SXSW tentam, mas nem de longe conseguem. Eles buscam construir uma grade que faça sentido, alinhando temas em grandes blocos e até promovendo em seções especiais a sinergia entre as três grandes colunas do evento, que são Música, Cinema e Interatividade. Tudo inútil. O SXSW é um caos. E que maravilha que é assim.
Basicamente, porque é assim que anda a vida ali fora. Uma zona de fazer doido, em que tendências e avanços se superpõem muitas vezes sem nexo aparente, e nós no meio disso tudo.
Mas eles vão bem na tentativa.
Por exemplo, não são econômicos em levantar bolas e em dar espaço para uma variedade imensa de faces desse caleidoscópio. Para isso, em vez de fazerem o evento num único local, ocupam logo a cidade inteira. E aí, mandam ver. Só de seções de Interactive, a parte digital do evento, são oficialmente mais de 800 (distribuídas em mais de 50 salas, em 14 locais diferentes) durante cinco dias. Mas na verdade, é muito mais que isso, porque muita coisa rola em paralelo e eles nem colocam nessa conta.
Em linhas gerais, o evento de Interactive vai abordar, principalmente, cinco ou seis grandes temas, como a questão da segurança online e da invasibilidade digital; os millenials; crowdsourcing; o impacto do Movimento Maker (antigo Do It Yourself, agora anabolizado pelas máquinas de 3D Printing); a exploração espacial após o fenômeno Elon Musk e o envolvimento de magnatas como Richard Branson na corrida espacial (a Nasa tem sempre cadeira cativa no evento, aliás); a distribuição de conteúdos e o futuro dos canais de mídia e entretenimento como os conhecemos (“TV or not TV? Defining Netowrk in the DigitalAge”); real time e predicitive marketing; a internet das coisas e os wearables; além de temas que só aqui parecem normais, como o futuro da Inteligência Artificial e o dia em que os robôs vão, finalmente, tomar nosso lugar no Planeta (uma das palestras se chama “Body Computing: The Future of Networked Humans” e outra “How to Build the Post-Human Brain”…eu, hem…).
Mas quando você acessa o aplicativo oficial do evento, percebe que, na verdade, esses temas são apenas uma parte aparente do todo e que dezenas de outros de igual ordem de grandeza serão debatidos, como face recognition, gesture control, drones, robotics, nanotecnologia, a internet dos carros, o impacto da tecnologia digital no avanço da medicina (tem uma palestra que se chama “The Avatar will see you now”, sobre os avanços da saúde virtual no atendimento de urgência a pacientes remotos) enfim, parece sem fim.
Destaques? Será?
No meio desse caos – como queríamos demonstrar – vale tentar destacar aqui e ali alguns blockbusters.
No caso do tema segurança, tendo como gancho óbvio o escândalo da NSA, mas construindo todo um aparato de questões em torno disso, serão cinco seções, com direito a entrevistas por streaming com Edward Snowden e Julian Assenge (eu falei que eles se esforçam).
A questão das marcas como produtoras de seus próprios conteúdos terá várias seções, entre elas, “Evolution ofStorytelling: Brands as Broadcasters”). Ou então, o futuro dos Apps num mundo de Big Data: “Building the Future wit Gigabit Apps”. Ou ainda o impacto da tecnologia dos dados no jornalismo contemporâneo e seus reflexos no ambiente político: “Algorithms, Journalism & Democracy”). Tudo cabeça pra cacete, né?
Pra compensar, há conversas geralmente amenas com astros digitais, este ano com Tim-Berners Lee (o criador da World Wide Web, que aliás, completa 25 anos), Biz Stone (co-fundador do Twitter), Pete Cashmore (fundador do Mashable), Ben Horowitz (sócio de Marc Andressen, criador do Netscape, hoje ambos no comando de um dos maiores fundos de investimentos do Silicon Valley) e Eric Schmidt (ele mesmo, o do Google), emolduradas por estrelas de Hollywood, este ano começando pelo literalmente estelar George Takei (o senhor Sulu, de Jornada nas Estrelas, um must para os frequentadores do evento), mas ainda de Robert Rodriguez (o cineasta mexicano cult ), Nicholas Cage (ele mesmo), Robert Duval (ele mesmo, de Godfather e tantas outras coisas legais), Marc Webb (diretor de vários Homens-Aranha), entre outros.
SXSW cumpre assim seu roteiro de ser uma saga deste filme sem pé nem cabeça que todos nós hoje protagonizamos. É um evento de reflexão (profunda), inovação (de ponta) e de cultura digital contemporânea. Não é um evento de negócios, mas é um evento com centenas de workshops que ensinam como fazer uma porrada de coisas do mundo digital, aulas mesmo. É um dos eventos em que mais se fomenta o empreendedorismo e onde mais se lançam livros sobre os avanços da Humanidade. Ao vivo, com os autores fazendo tardes de autógrafo.
Nem falei aqui dos eventos de Cinema e Música, igualmente quebradores de paradigmas. Durante uma semana inteira, você vai ler aqui o pouquinho da ordem que ProXXIma vai tentar extrair desse caos. It´s show time!
A cobertura do SXSW 2014 conta com patrocínio de:
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