Edelman: Marcas e consumidores no mundo transmídia

9 de outubro de 2013 - 2h33

Por BEATRIZ ALMODOVA LORENTE
Do Meio & Mensagem

O painel de abertura do MaxiMídia 2013 tratou de uma competência que tem sido cada vez mais incorporada às campanhas e estratégias de comunicação das marcas: as relações públicas. Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa, e Kevin King, CEO da Edelman Digital, foram os convidados a mostrar de que forma a disciplina pode ser uma grande aliada em um mundo cada vez mais transmídia.

Yacoff lembra que, há 26 anos, na época da primeira edição do MaxiMídia, as mensagens enviadas pelos anunciantes aos consumidores eram feitas de forma impositiva. No mundo atual esse tipo de diálogo se tornou inviável, o que tornou a vida dos gestores bem mais complexa, pois o comando está na mão das pessoas e cidadãos. "O jeito de falar ficou bem diferente. As mensagens dão lugar um relacionamento diário onde as pessoas falam e querem ser ouvidas. São elas que determinam o valor de uma organização. Por isso, inspirar e criar vínculos se tornou a verdadeira ferramenta do negócio ", avalia Yacoff.

Segundo Kevin King, em 2008 existiam 200 milhões internautas cadastrados em redes sociais no mundo, cinco anos depois esse número saltou para 1,6 bilhão. E como tirar proveito de todas essas possibilidades de diálogo que as marcas ganharam com as redes sociais? Para King, a resposta é misturar a mídia paga, mídia ganha e a mídia proprietária. "O Google seria um bom exemplo. Dentro do buscador há ferramentas de pesquisa, há conteúdo próprio e pago, tudo está lá ".

King acredita que o consumidor não consegue diferenciar o que está sendo induzido como conteúdo, e o que de fato é. Nesse sistema são bem vindos técnicas de displays vindos do retargeting, técnica que utiliza por meio de algoritmos a preferência dos usuários ; parceria sem distribuição de conteúdo e ferramentas de search engine marketing (SEM).

Pesquisas da Edelman mostram que o Facebook recebe 1,7 milhão de postagens por minuto. Entretanto, os mesmos estudos mostram que o investimento em campanhas para televisão nos Estados Unidos em 2017 chegará a US$ 76 bilhões, o que mostra que a mídia não perderá força. "A melhor forma de usufruir é traçar estratégias convergentes, pensar em ações em tempo real!, disse King. Para que isso aconteça com o mínimo de problemas possível, é preciso ter uma equipe capaz de gerenciar crises e ganhos, também em tempo real. Sempre prontos ", frisa.

Novo profisisonal para um novo mundo
Para se adequar aos novos desafios, o profissional também deve se transformar. De acordo com Kevin King, principalmente no que tange as disciplinas das relações públicas, esse profissional precisa ser digital. "Conhecer as novas mídias, as redes sociais, as tendências e ter facilidade com tudo isso ", essa é a receita de King.

Yacoff lembra que embora pareça que os RPs estejam cada vez mais entrando nos serviços que seriam específicos das agências tradicionais, o que de fato está acontecendo é uma conjunção de talentos envolvidos nas disciplinas para fortalecer o negócio do cliente. 

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