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Evento ProXXIma: Por que no mobile não?!

Marcelo Castelo, sócio e VP de mobile da Fbiz, desconstruiu uma a uma todas as possíveis justificativas de quem tem verba para internet, mas ignora o mobile


9 de maio de 2013 - 12h07

Por Fernanda Bottoni
Foto: Fernando Cícero

A apresentação de Marcelo Castelo, sócio e VP de mobile da Fbiz, neste segundo dia do ProXXIma 2013, entregou um show de conteúdo para a plateia em justos 45 minutos. Ele começou contando que, só no ano passado, foram vendidos 16 milhões de smartphones no Brasil. Para este ano, a previsão é de 30 milhões de aparelhos vendidos. “Isso muda o jogo de forma irreversível. Ninguém que tem smartphone vai voltar a usar um celular comum.”

Derrubando argumentos
Para Castelo, preço não é mais obstáculo para a penetração da tecnologia em terras brasileiras. Para comprovar, ele cita o lançamento de um Motorola com Android por R$ 350 reais (que podem ser pagos em 12 vezes) e a internet móvel pré-paga que custa 50 centavos por 24 horas de conexão ilimitada. “Hoje, 36% dos celulares do Brasil são smartphones, até o fim do ano acredito que essa fatia esteja em 50%”, diz.

Outro mito que ele manda por água abaixo é o de a navegação ser ruim. “É lenta, dá pau? Ok, mas em dois minutos você tenta de novo”, diz.

Igualdade social
Outra crença que Castelo derrubou com números foi a de que quem navega pelo smartphone é rico. Uma pesquisa da Fradar realizada no ano passado comprovou que a divisão dos internautas por classe social é exatamente a mesma no desktop e no mobile. O conteúdo acessado também é idêntico. No UOL, por exemplo, as cinco categorias mais vistas (Home, Bate-papo, Esporte, Mail e Notícias) são exatamente as mesmas no PC e no Mobile. “Eu sou santista e procuro informação sobre o Santos no pc”, diz ele. “Quando vou para o mobile você acha que eu viro corintiano? Claro que não, né?”, brinca.

Internet sim e mobile não? – Com tudo isso, a questão que ele lançou foi: “Se você compra mídia no UOL PC, por que não compra no Mobile?”. E o questionamento é o mesmo para Facebook, Google etc.

Ainda no seu propósito de derrubar mitos, Castelo mostrou mais dados. Um deles foi o comparativo do investimento x o tempo médio das pessoas. Revista tem 25% dos investimentos em publicidade nos EUA, mas só 7% do tempo dos americanos. Mobile tem 1% dos investimentos e 10% do tempo. “A internet é muito mais barata que as mídias tradicionais e o mobile é ainda muito mais barato que a internet.”

E aí novamente ele colocou em xeque justificativas comuns de quem não anuncia no mobile. Não anuncia por que o banner é pequeno? Existem outros formatos, muito mais apropriados, no feed do Facebook, ou do Twitter, na busca do Google, tudo isso fica a 10 centímetros dos olhos dos usuários. “Há rich media, recursos de geolocalização e acelerômetro, segmentação”, destaca.

Bons exemplos
Como cases Castelo trouxe o que ele usa. “Case bom é assim”, brinca. O primeiro foi o de um restaurante de Miami, onde ele mora desde o início do ano, que fez uma parceria com o OpenTable no mobile para facilitar a vida dos usuários. Pelo celular é fácil checar sua localização e telefone e até fazer reserva, com um ou dois cliques. Outros exemplos são do aplicativo do seguro saúde, que já localiza médicos mais próximos e acaba com a burocracia no pedido de reembolso, e do Ingresso.com mobile, que reconhece suas salas de cinema Favoritas e já tem na memória o número do seu cartão de crédito.

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