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GM: Um bilhão de dólares
Seria esse o preço que a montadora estaria pagando para se afastar da venda de automóveis?
Seria esse o preço que a montadora estaria pagando para se afastar da venda de automóveis?
12 de janeiro de 2016 - 4h21
“Autonomous On-Demand Network” seria o nome do projeto comum entre GM e Lyft que, especula o site de tecnologia Re/Code, poderia ser um primeiro passo do maior fabricante de carros dos EUA para distanciar-se da produção direta de automóveis e buscar espaço nas crescentes indústrias do compattilhamento urbano de veículos e dos carros com direção autônoma.
A General Motors já estaria investindo US $ 500 milhões no serviço de aluguel e comaprtilhamento de carros Lyft, como parte de uma parceria estratégica mais ampla, que poderá incluir também uma rede de carros autônomos on-demand.
A GM tem assento no conselho adminsitrativo do Lyft e, segundo o site Re/Code, isso poderia significar o início de abertura de uma nova linha de negócios estratégicos para a empresa, que um dia poderá até vir a substituir o seu principal negócio desde sua fundação – a venda de carros – para focar mais em serviços automotivos.
"A indústria automobilística vai mudar mais nos próximos cinco anos do que nos passados 50 anos", declarou o presidente da GM, Dan Ammann. “Investir em diferentes modelos de negócios vai ser uma parte importante do nosso futuro”, revelou.
O investimento de US$ 500 milhões no projeto é parte de um montante maior que poderá atingir US$ 1 bilhão para o Lyft, incluindo-se adicionalmente um aporte de US$ 100 milhões da Kingdom Holding Company, da Arábia Saudita. Outros investidores já participantes do Lyft também poderão aderir, como a Janus Capital Management, Rakuten, Didi Kuaidi e Alibaba.
Numa estimativa pós-investimento, o Lyft está sendo avaliado em US $ 5,5 bilhões, o que ainda é uma fração dos US $ 60 bilhões de valorização do seu rival Uber. Até o momento, a startup levantou US$ 2 bilhões desde a sua fundação, em 2013, estima o Re/Code.
Mas agora, Lyft tem algo que o Uber ainda não tem: o apoio significativo de uma grande montadora norte-americana. Em maio, Lyft recebeu um investimento direto de Bill Ford, presidente-executivo da montadora norte-americana, através de seu fundo de risco pessoal.
A parceria também marca a mais ousada declaração do Lyft até o momento, que são seus planos de atuar com self-driving cars num futuro próximo e tudo indica que essa tecnologia será desenvolvida em aliança com GM. Google, líder na tecnologia de condução autônoma, dão conta informações de mercado, também teria mantido conversações com várias montadoras.
Lyft e GM iniciaram suas conversas cerca de três meses atrás, no Los Angeles Auto Show, declarou John Zimmer, presidente e co-fundador da companhia. O movimento é parte de um esforço maior para aumentar a representatividade da empresa através de uma série de alianças, como um com Didi, Ola Cabs e GrabTaxi, o que equivale a um esforço global anti-Uber: "A GM é a maior fabricante de automóveis dos EUA”, justifica Zimmer. “Por isso, faz muito sentido nossa aliança. Ambas as companhias vêem o futuro do transporte através de redes de compartilhamento em oposição a posse particular de veículos. Este é uma passo nessa direção."
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