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IBM aposta seu futuro na previsão do nosso
Inteligência cognitiva é coisa de gente, não de máquinas. Bem, era. Na foto abaixo, time de especialistas reunidos pela IBM para discutir o tema
Inteligência cognitiva é coisa de gente, não de máquinas. Bem, era. Na foto abaixo, time de especialistas reunidos pela IBM para discutir o tema
5 de junho de 2014 - 8h04
POR PYR MARCONDES
Há cinco décadas, as máquinas começaram a colocar as manguinhas de fora otimizando, com a performance dos algoritmos, a imperfeição humana. E, num átimo de segundo, poderiam agora, busca a IBM, prognosticar um câncer antes do médico, uma praga antes do Jeca, um cheque sem fundo antes do inadimplente, um apagão antes de Furnas.
A empresa convocou gente que considera especial para ver um pouco dessa predição dos bits em ação no jogo amistoso do Brasil contra o fraquinho Panamá. Não para adivinhar o resultado, mas para colocar o Big Data em campo e exibir seu sistema, ainda em Beta, de monitoramento de sentimentos nas redes sociais, em tempo real, durante a partida. Um snack tecnológico. Por trás, apitando um jogo bem mais relevante que os da Fifa, o juiz de todas essas sabedorias: Watson.
A ciência e a engenharia de dotar máquinas de dotes humanos, notadamente de inteligência, têm gênese na década de 50 e seu protótipo idealizado mais bem acabado assistimos em A.I., aquele mesmo, o filme do Stanley Kubrick.
Entre a origem de laboratório e a distopia cinematográfica, muitas cenas foram rodadas, e a IBM está decidida a protagonizar esse show, não só detonando os pobres coitados em Jeopardy, mas também criando a mais avançada tecnologia de inteligência cognitiva das máquinas a serviços dos homens. Isso priorizando algumas de suas atividades básicas como saúde, energia, finanças e agricultura (essa é será a matriz do projeto no Brasil, no ar em 12 meses, estima o presidente da IBM, Rodrigo Kede, que juntamente com Mauro Segura, diretor de comunicação e marketing da empresa, foram nossos gentis anfitriões).
Meus colegas na tarde amena e rara em perspicácias foram Martha Gabriel, cientista, empreendedora, acadêmica, palestrante, autora e artista digital; Beth Saad, coordenadora da Digicorp – Digital Communication Graduate Course da USP, consultora em Digital Stratgies, além de uma das 50 inovadoras da lista de ProXXIma do ano passado; Cris de Luca, editora do Grupo Now!Digital e comentarista de tecnologia da CBN; Erich Beting, sócio-fundador da Máquina do Esporte, analista de Negócios Esportivos do UOL e analista de negócios esportivos do Grupo Band; Gil Giardelli, expert e consultor em estratégias e mídias digitais, professor na ESPM, fundador da Gaia Creative e GVentures; e Edney Souza, consultor de estratégias e negócios em mídias sociais, professor da ESPM e Jump Education, sócio-curador da Social Media Week. Além do engenheiro-chefe do laboratório de pesquisas da IBM.
Durante o jogo, acompanhamos no dashboard multi-telas do laboratório a exibição dos altos e baixos, em tempo real, dos humores da galera no Tweeter. Confirmamos, nas tag clouds, que Hulk pode marcar um golaço, que a torcida o desdenha. Que os tweets crescem na hora do gol. Que torcedor é previsível, mesmo diante da imprevisibilidade das partidas. Que a IBM tem nas mãos uma ferramenta que pode ajudar marcas e empresas a acompanhar os humores dos internautas no caos das redes sociais.
Mas o mais interessante foi conhecer um pouco mais nos bastidores como putabytes (uma nova dimensão no campo dos dados) de dados não estruturados podem ser domados e colocados a serviço de um fim específico. Isso (Big Data) cruzado com mobile, social e analytics. Tudo a serviço do conhecimento das máquinas, e elas, por sua vez, a serviço dos homens.
Tarde de 4 a zero e goleada de novos conhecimentos.
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