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Marcas, dicas para não causar ruídos no Spotify
Escolha de artistas, essência e relevância estão entre os pontos de atenção que as empresas devem ter ao usar a plataforma
Marcas, dicas para não causar ruídos no Spotify
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Luiz Gustavo Pacete
25 de maio de 2016 - 11h58
Criado em 2008, o Spotify surgiu como uma opção não somente de conteúdo, mas também um ambiente relevante para marcas. Desde o ano passado, mais intensamente, muitas empresas passaram a fazer uso da plataforma para ampliarem o seu nível de engajamento com um público, em sua maioria, jovem.
No Brasil, de acordo com números recentes divulgados pelo Spotify, 70% dos usuários estão na faixa dos 15 a 24 anos, 58% compõem o grupo de 25 a 34 anos e 46% se enquadram no grupo de 35 a 44. Cerca de 26% dos usuários correspondem a faixa dos 45 a 54 anos. Por aqui, em média, um usuário fica 104 minutos no Spotify. No total, existem mais de 11 milhões de playlists criadas por brasileiros.
A atuação das marcas neste universo é possível de duas maneiras: o direcionamento de anúncios em meio às músicas gratuitas ou a criação de uma playlist. No ano passado, a empresa criou o Targeting Playlist, ferramenta que fornece dados para que as marcas alcancem seu público-alvo. A ferramenta faz parte de um conjunto de funções que permite a criação de campanhas com precisão e público-alvo. Muitas marcas já fazem uso da ferramenta como Nike, Adidas e Coca-Cola.
De acordo com as regras no serviço, as marcas não podem se envolver em atividades que deixem implícito o apoio de algum artista. “Você deverá usar seu bom-senso para não insinuar endossos”, diz a empresa.
Grandes marcas já evoluíram da experimentação para o uso constante da ferramenta. No ano passado, a Ruffles lançou uma campanha criada pela Wunderman Brasil. A marca da PepsiCo brincou com usuários fazendo intervenções. Na playlist de pop, por exemplo, o fã do gênero musical era impactado no meio de uma música com um trecho de uma letra de samba e, ao final, o personagem entra com a frase “Você? ouvindo samba? Agora que eu tenho voz nem o seu Spotify vai escapar da zoeira de Ruffles.
Um caso mais recente é o da Melitta que utilizou o Spotify, em janeiro e fevereiro, por meio da criação da playlist “Filtro Melitta”. Durante o período, a marca alcançou quatro vezes mais seguidores do que a média das playlists de marcas brasileiras. A playlist da Melitta foi fruto de uma curadoria de música feita em parceria entre Spotify e W3haus. Outra marca que fez uso da plataforma recentemente foi O Boticario com a criação da playlist “Volta Pra Mim Egeo. “O Boticário é uma marca que usa muito bem suas propriedades digitais para ouvir as consumidoras e devolver conteúdos genuinamente relevantes, nos formatos mais surpreendentes”, comenta Moa Netto, VP de Criação da W3haus.
A Oakley, marca americana de roupas esportivas, lançou, no início do ano, um canal para o público brasileiro no streaming de música. Em sua playlist, a Oakley reuniu músicas direcionadas a corredores e ciclistas. De acordo com a empresa, novas listas serão adicionadas até o fim do ano. Segundo Roger Alghrimm, diretor de marketing da Oakley, o aplicativo é uma ferramenta eficiente de aproximação com o cliente jovem. “Um dos objetivos da campanha ‘One Obsession’, lançada no começo deste ano, foi estreitar o relacionamento da marca com os jovens e identificamos o Spotify como um ótimo canal para isto, visto que 38% dos usuários têm entre 18 e 24 anos”, explica Alghrimm.
Dicas para não deixar sua música virar um ruído dadas pelo próprio Spotify:
– Quanto mais faixas você tem na sua playlist, melhor — inclua pelo menos 20 faixas em cada playlist.
– Nenhum artista deve aparecer na playlist mais de uma vez.
– Se você tem motivos para acreditar que um determinado artista possa ter problemas com sua marca, é melhor ficar longe dele.
– Mantenha a natureza editorial de suas playlists; não tente torná-las um comercial do seu produto.
– Da mesma forma que os outros usuários do Spotify, mostre ao mundo o tipo de música que sua marca curte ouvir nas festas, no carro ou enquanto toma um café
– Tire proveito das relações que já existem — se você acabou de contratar um artista como porta-voz, uma playlist pode ser uma ótima oportunidade para mostrar ao mundo todo o amor que sua marca tem por ele
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