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?Nós não competimos com o Facebook?, diz fundador do Twitter

Em visita ao Brasil, Jack Dorsey, fundador e chairman executivo do microblog contou como criou a rede social, quais são os objetivos da plataforma e como o Twitter pretende operar no mercado brasileiro


11 de abril de 2013 - 4h37

Jeito simples, aparência jovem e respostas na ponta da língua quando se trata de sonhos e expectativas. Esse é Jack Dorsey, o jovem empreendedor de 37 anos, que se transformou em referência, quando em 2007 lançou uma das redes sociais de maior sucesso do mundo, o Twitter. Em sua primeira visita ao Brasil, Dorsey foi convidado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) para realizar um bate-papo com os alunos da instituição, nesta quinta-feira, 11. Ambiente perfeito para que o fundador de uma plataforma que prosperou rapidamente na internet pudesse se sentir a vontade, afinal em um momento no qual “startups” são a bola da vez para os estudantes, ninguém melhor que Dorsey para contar experiências e expectativas sobre o mercado.

 

Entre frases de efeito e dicas para se alcançar o sucesso, Dorsey foi questionado se sentia algum tipo de receio em uma possível competição com o Facebook – que hoje possui cerca de 67 milhões de usuários no Brasil. Prontamente, o executivo respondeu: “Nós não competimos com o Facebook, os vejo como uma rede social totalmente diferente do Twitter. O Facebook é focado em relações pessoais, com informações pessoais. Vejo o Twitter como uma plataforma conectada a notícias de diversos segmentos, na qual as pessoas podem se informar e compartilhar informações. O nosso aspecto de relacionamento pessoal é muito pequeno”, afirmou.

 

Nessa linha de pensamento, Dorsey explicou como o Twitter surgiu. Segundo ele, a ideia de criar a rede social surgiu em 2001, muito antes do lançamento do microblog. Entretanto, o projeto só fez sentido em 2006, quando Dorsey percebeu que o momento era ideal, devido ao avanço tecnológico e a aceitação das pessoas. “As pessoas precisavam de uma plataforma que tornasse a relação pessoal e o diálogo entre elas mais rápido. E por isso deu certo”, analisou.

 

140 caracteres e seis segundos

 

O formato do Twitter, que restringe os usuários a apenas 140 caracteres ou seis segundos de vídeo, no caso do Vine, foi um dos temas abordados durante o bate-papo. Ao ser questionado se esse formato acaba prejudicando o microblog de alguma forma, Dorsey disse que o sucesso da rede social é justamente por conta deste modelo. “Na minha opinião, quanto mais restringimos as pessoas, maior é a criatividade que ela demostrará e isso não apenas no Twitter. O diálogo dinâmico é fundamental para que as pessoas consigam conversar e contar histórias que atinjam a todos de uma maneira objetiva e mais efetiva”, contou.

 

Quanto ao Vine, nova ferramenta de vídeo do Twitter, Dorsey demostrou muita empolgação. “Particularmente, após o lançamento do Vine, quando eu vejo uma imagem ou foto me sinto entediado”, brincou. Segundo ele, as possibilidades que a nova ferramenta oferece são fantásticas, mas que é preciso ter calma para que os usuários se acostumem.

 

Futuro e mercado brasileiro

 

“Eu estou impressionado com a adoção de tecnologia aqui no Brasil”, com essa frase, Dorsey começou a falar sobre os desafios da rede social no mercado brasileiro. Ele salientou o discurso de que os próximos anos no país serão importantes, por conta dos Jogos Olímpicos em 2016 e a Copa do Mundo em 2014. “O mundo vai querer acompanhar o que vai acontecer no Brasil. Eu vou querer estar presente de alguma forma. Nós temos planos para expansão no País e vamos desenvolver projetos para tornar a plataforma mais relevante e rápida para os brasileiros”, destacou.

 

Dorsey enfatizou também que o futuro das redes sociais é incerto, mas que o Twitter investe em inovações e realiza reuniões semanais para discutir novos projetos e ideias. “Algumas ideias ruins e outras muito boas”, brincou.

 

Perfis falsos

 

Na última semana, dois especialistas em segurança italianos estudaram os aspectos econômicos e técnicos da comercialização de seguidores de contas falsas no Twitter. O estudo apontou uma estimativa de que a atividade movimenta cerca de US$ 40 milhões. Andrea Stroppa e Carlo De Micheli calcularam que o Twitter hospeda 20 milhões de perfis falsos.

 

Durante o bate-papo, Dorsey rebateu as informações e disse que é impossível mensurar a quantidade de perfis falsos. “Eu não tenho medo que o Twitter se torne uma cidade fantasma virtual no futuro. Mesmo nos perfis falsos existem pessoas por trás, que são bem ativas e interagem dentro da rede social. Temos também aquelas pessoas que não interagem tanto, porém utilizam o Twitter para obter informações e seguir pessoas”, comentou.

 

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